#Retrospectiva: Brigas e disputas partidárias marcam a política de 2019 em MS

A política de Mato Grosso do Sul em 2019, mesmo não sendo ano de eleição, foi bastante movimentada devido aos episódios de disputas internas e brigas partidárias. As redes sociais foram palco de discussões e alfinetadas entre políticos. PSL, PP, PDT e PSDB foram destaques no Midiamax ao longo do ano.  Em fevereiro, Paulo Corrêa […]

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A política de Mato Grosso do Sul em 2019, mesmo não sendo ano de eleição, foi bastante movimentada devido aos episódios de disputas internas e brigas partidárias. As redes sociais foram palco de discussões e alfinetadas entre políticos. PSL, PP, PDT e PSDB foram destaques no Midiamax ao longo do ano. 

Em fevereiro, Paulo Corrêa (PSDB) foi consolidado presidente da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul),  após disputa interna com Onevan de Matos (PSDB), no fim de 2018. A escolha da presidência tucana (Sérgio de Paula) desagradou Onevan, que inclusive declarou em outra oportunidade uma quebra de acordo.

Escolha do presidente tucano

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Rose Modesto e Beto Pereira. (Divulgação)

O PSDB voltou a ser destaque na mídia ainda em fevereiro com a disputa pela presidência regional entre Rose Modesto e Beto Pereira.

A ex-vice-governadora de MS queria assumir a presidência e Beto Pereira pretendia continuar no cargo. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) se manifestou dizendo que não seria necessária sua intervenção na disputa pela direção estadual da sigla, desejada por ambos parlamentares federais.

Em abril, Beto anunciou sua renúncia a disputa e o PSDB escolheu Sérgio de Paula para presidir, na tentativa de acalmar os ânimos e evitar um racha. Porém, ao que tudo indica, a deputada federal não ficou feliz com a escolha.

De olho

Com essa instabilidade no ninho tucano e possível racha interno, partidos como o PP e Podemos, correram para tentar levar Rose ao partido deles, pois foi a deputada federal mais votada em MS e é um nome interessante para disputada da prefeitura em 2020. A movimentação com o PP foi mais exposta, devido as publicações do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, nas redes sociais.

Antes presidente do partido, Bernal disse que sairia da presidência em junho, antes de vencer o período de dois anos de presidente, mas ele não cumpriu o que publicou e o deputado estadual Evander Vendramini, assumiu o comando em setembro, depois dos progressistas não conseguirem a filiação de Rose Modesto, alegando falta de janela partidária.

Após ser assediada por outros partidos, De Paula se pronunciou dizendo que Rose estava mais tucana do

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Sérgio de Paula (Arquivo Midiamax)

que nunca. Sobre candidatura a prefeitura, a deputada federal alega que só vai decidir no fim do primeiro semestre de 2020, mas já adiantou que não será vice de ninguém. A declaração aconteceu depois de notícias sobre o PSDB indicar o candidato a vice-prefeito de Marquinhos Trad (PSD). Rose rebateu dizendo que a informação não era novidade para ela.

Irmão

O deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB) e irmão de Rose, é líder do PSDB na ALMS. Ele votou contra ao projeto do governo de reduzir os salários dos professores convocados e isso fez mudar o voto de mais dois deputados tucanos, Onevan e Marçal Filho. Filho declarou que foi contrário por seguir o voto do líder da bancada do PSDB na Casa. 

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(Luciana Nassar, ALMS)

Com a votação contrária de Modesto, na época, foi levantada a hipótese de que o deputado estava insatisfeito com o rumo que o partido estava tomando, na escolha de apoiar a reeleição de Marquinhos e não a sua irmã, deputada federal Rose Modesto (PSDB), possível candidata a prefeitura de Campo Grande em 2020.

Mas, Modesto colocou panos quentes e afirmou ter sido professor a vida toda e por isso, não poder votar favorável a projeto como aquele. Por isso, ele colocou seu cargo de líder da bancada tucana à disposição dos colegas.

Porém, novamente a situação foi acalmada e Modesto permanece como líder do PSDB na Casa de Leis.

PP

Desentendimentos internos no PP também foram destaques ao longo de 2019. O vereador de Campo

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Valdir Gomes. (Izaias Medeiros, Divulgação Câmara)

Grande Valdir Gomes (PP), expôs várias vezes que a legenda estava desestruturada e largada. Reclamou que Bernal não reunia os políticos e isso preocupava devido a proximidade das eleições municipais.

Gomes inclusive foi parar na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro, para fazer Boletim de Ocorrência contra Bernal por ameaça. Apesar de toda a briga interna, parece que os ânimos se acalmaram com a saída do ex-prefeito da presidência e Valdir Gomes permanece no PP, pelo menos por enquanto.

Deputado federal versus vereador

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Loester Trutis. (Divulgação)

As trocas de farpas nas redes sociais também dera o que falar. Em maio deste ano, o deputado federal Loester Trutis (PSL) publicou no Facebook que não gostava de vereador/deputado que apresentava moção. “O deputado federal diz ‘ficar puto’ “com vereador/deputado que da uma “moção de congratulações” para um aluno/atleta. Pq ao invés de um pedaço de papel, não pega um pedaço do próprio ótimo salário e da um patrocínio. Isso seria reconhecimento. Eu faço isso. Ahhh… Enfia a moção no **’ (sic), afirma na postagem.

O vereador Wellington (PSDB) leu a postagem na tribuna da Câmara Municipal, apresentou e aprovou moção de repúdio ao parlamentar e revelou ter sofrido ameaças dele pelo WhatsApp. Inclusive, ele disse que recebeu um áudio de Trutis dizendo que o vereador tem ‘telhado de vidro’ e que iria para cima dele ‘com força’.

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Trutis continuou causando burburinho com outra postagem no Facebook. Revoltado por seu colega, deputado estadual Capitão Contar (PSL) não conseguir assinaturas necessários para abrir CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa, ele gravou vídeo em frente a ALMS chamando os deputados de ‘bundas-moles’. 

É claro que isso não ficou barato, das 6 assinaturas na CPI, três deputados retiraram e o parlamentar foi notificado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados sobre tentativa da ALMS de enquadrá-lo em quebra de decoro.

Disputa interna da direita

A senadora Soraya Thronicke (PSL) assumiu a presidência regional da sigla no início deste ano, tirando o suplente dela do cargo, Rodolfo Nogueira. Isso causou incômodo no deputado estadual Coronel David, amigo pessoal do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Eles protagonizaram diversos desentendimentos ao longo do ano, inclusive, o deputado procurou a Polícia Federal por suspeita de invasão ao celular dele, depois de ter votado a favor de conceder homenagem de Mérito Legislativo ao ex-senador Delcídio do Amaral (PTB). 

PDT

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Jamilson Name. (Arquivo, Jornal Midiamax)

Em julho, o deputado estadual Jamilson Name (sem partido) recebeu uma carta do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) o liberando do partido. Name disse que não tinha pedido para sair do partido. O presidente pedetista gravou um vídeo dizendo que iria revogar a carta.

Em 20 de novembro, Name conseguiu no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) a permissão para deixar a legenda sem perder o mandato. 

Além da crise com deputado, o PDT também enfrentou problemas com os dois vereadores, Odilon Junior e Ademir Santana. Eles receberam suspensão do partido por não votarem conforme orientação do partido para abertura da CPI Consórcio Guaicurus. 

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