Após ficar mais de um mês sem presidente, a diretoria nacional do PP encaminhou o nome do deputado estadual Evander Vendramini para assumir provisoriamente o partido em Mato Grosso do Sul. O anúncio foi feito pelo vereador Cazuza nesta quarta-feira (17) na Câmara de Campo Grande.
A pedido da nacional, segundo Evander, o ex-prefeito Alcides Bernal também é membro da chapa da presidência e não é descartado pelo novo líder do PP para concorrer às eleições de 2020 pela Prefeitura da Capital. Mesmo com a nomeação provisória, o PP não tem previsão de fazer eleições para definir a presidência, já que a validade da nomeação de Vendramini seria de dois anos.
“Nós temos o Bernal, o Valdir Gomes, o Cazuza, a Dharleng. A nacional pediu para a gente compor com todo mundo”, disse. O presidente também garantiu que vai conversar com Gomes para tentar mantê-lo na sigla. Após desavenças com o ex-presidente, Valdir prometeu deixar o partido assim que for aberta a janela partidária.
Segundo Vendramini, Rose Modesto (PSDB) e Coronel David (PSL) não decidiram ainda se devem ir para o PP. “Eles vão aguardar a janela para tomar uma decisão. O convite está feito e as portas seguem abertas, mas não podemos esperar para poder definir a presidência”, explicou sobre o pedido da nacional de ter um deputado federal na composição. Compõe a presidência como vice o deputado Gerson Claro, como 1º secretário o vereador Kennedy, de Sidrolândia, e como tesoureiro Donizeti Aparecido da Silva. Bernal é membro da chapa.
Na Câmara, Cazuza disse que segue na presidência municipal do partido e também reforçou o nome de Bernal para 2020. “O Bernal é um nome forte, é uma grande liderança no PP e tem votos. Ele está atualmente cuidando da questão jurídica dele e nós não o descartamos para concorrer”, encerrou.
Alcides Bernal ficou inelegível após ser cassado. Em julho deste ano, Bernal foi absolvido da denúncia de ter supostamente usado as redes sociais da Prefeitura para se promover. Mesmo sendo inocentado por essa acusação, o político segue inelegível por ter os direitos políticos cassados em 2018.
Bernal não pôde assumir a Câmara dos Deputados, mesmo depois de alcançar mais de 40 mil votos para deputado federal. Se assumisse, ele ficaria no lugar da deputada federal Bia Cavassa (PSDB) que teve 17.834 votos.
