A semana política de Mato Grosso do Sul foi marcada por acusações de violência doméstica a vereador e prisão de um servidor por importunação sexual. Além disso, investigações sobre corrupção e desvio de impostos também marcaram o político do Estado.

Em Maracaju, o vereador Oséias Carvalho (Republicanos) é acusado de violência doméstica e psicológica. A mulher registrou boletim de ocorrência contra o parlamentar e disse que ele correu atrás dela com uma faca.

O vereador negou as acusações em depoimento aos policiais. A Câmara de Maracaju foi notificada sobre a denúncia e encaminhou os fatos para o setor jurídico para devidas providências.

Assim, o interior de MS também registrou prisão de um servidor por importunar uma mulher em . O autor do crime é presidente municipal do Republicanos e servidor de carreira da Câmara de Taquarussu.

O presidente estadual da legenda, o deputado estadual Antônio Vaz, disse que o partido ‘não aceita esse tipo de comportamento'. Portanto, pediu a expulsão do presidente municipal do diretório. Em nota, a Câmara de Taquarussu repudiou o crime na última quinta-feira (27).

Desvio de impostos

A Operação Telonai investiga desvio de impostos arrecadados em , no valor de R$ 2 milhões. O vereador Aparecido dos Santos, o Cido Santos (PSDB) e o servidor Marcelo Nascimento, foram presos.

Ao Jornal Midiamax, a Câmara de Caarapó disse que aguarda informações oficiais da Operação. O vereador investigado foi preso por porte ilegal de arma. Cido foi liberado após pagamento de fiança de R$ 10 mil. Os investigados também foram ouvidos pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

A Câmara Municipal de foi alvo de denúncias de moradores. Então, assinou acordo com a 1ª Promotoria de Justiça da cidade para a redução de cargos comissionados e realizar concurso para nível superior.

Investigações em andamento

Já em relação às investações do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) sobre as obras na BR-228, na região do Pantanal, o presidente Jerson Domingos disse que ‘a pressa da retomada das obras é do Governo de MS'. As obras da rodovia, vencidas pelo André Luiz dos Santos – o Patrola -, foram paralisadas após determinação do Governo e medida cautelar do TCE-MS.

Por fim nas investigações e ações desta semana, a Câmara de Sidrolândia votou pela abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar membros do executivo, como a prefeita (PP). A ação ocorre após operações do (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) ganharem segunda fase.

Ainda nesta semana, o ex-diretor administrativo do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Rehder dos Santos Batista, e empresários foram denunciados em ação civil de improbidade administrativa por suposto desvio de R$ 12 milhões. O dinheiro era usado em falsas compras de produtos para a unidade hospitalar.

Marielle Franco

O deputado federal e coordenador da Bancada Federal de MS, Vander Loubet (PT), defende investigações do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco. Ele acha ‘importante descobrir o mandante'.

No mesmo sentido, Camila Jara (PT) defende as apurações e aponta que “mais grave é o tempo que ficou parado” o processo de investigação. Contudo, para Marcos Pollon, há tentativa de associar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o crime. “Não vão conseguir ligar esse crime a Bolsonaro”, garantiu Pollon.

Para Geraldo Resende (PSDB), há ‘uma proximidade do crime com a política'.

Armas de fogo e visita a MS

A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre armas de fogo repercutiu entre os parlamentares de MS. Na terça-feira (25), o presidente do país disse que “já disse para o Flávio Dino: ‘Nós temos que fechar quase todos (clubes de tiro) e só deixar aberto os que são da Polícia Militar, Exército ou Polícia Civil”.

Para o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), ‘o presidente precisa respeitar os CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador)'. Pollon condenou a fala de Lula e disse que é “completamente antidemocrática essa declaração”.

Em contraponto, Vander Loubet disse que o tiro esportivo não pode ser utilizado como brecha para o crime organizado. Contudo, afirmou que as práticas esportivas precisam ser respeitadas.

Por fim, Mato Grosso do Sul recebeu por dois dias a visita de Paulo Teixeira, ministro do Deselvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Ele visitou assentamentos e lançou o plano Safra Familiar, que pode destinar R$ 400 milhões para MS.