Em audiência de custódia ainda na quinta-feira (27), o vereador Aparecido dos Santos, o Cido dos Santos (PSDB) de Caarapó, teve liberdade provisória concedida. Preso em flagrante por porte irregular de arma de fogo, ele poderia pagar fiança de R$ 10 mil, mas continuaria preso por causa do mandado de prisão preventiva cumprido na Operação Telonai.

Conforme decisão da juíza Camila de Melo Mattioli Pereira, foi concedida a liberdade provisória com fiança de R$ 10 mil. Ainda assim, o vereador deveria cumprir recolhimento domiciliar noturno.

Mesmo que pague a fiança e tenha a liberdade concedida pelo flagrante, o vereador segue preso. Isso, porque contra ele foi cumprido um mandado de prisão preventiva na Operação Telonai, do (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Em depoimento, Aparecido chegou a citar que ganha R$ 12 mil enquanto funcionário público pela Prefeitura de .

Prefeitura denunciou servidores

Presos na Operação Telonai, o vereador Aparecido dos Santos, o Cido Santos (PSDB) e o servidor Marcelo Nascimento são investigados por desvio de impostos arrecadados pelo município, no valor de R$ 2 milhões.

O prefeito André Nezzi (PSDB), um dos responsáveis por denunciar o crime, disse ter acompanhado as operações, mas não chegou a ter acesso aos depoimentos.

Durante busca e apreensão na residência de Cido, policiais encontraram um revólver calibre 38. Além da arma de fogo, encontraram 32 munições calibre 38 e três munições calibre 22.

Operação e prisões

A princípio, a dupla agia desviando os valores dos impostos de ITBI (Imposto sobre a transmissão de bens imóveis) e (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).

Isso acontecia com pagamentos agendados. Após o agendamento, os servidores davam baixa e era feita emissão de certidão negativa de débitos tributários, sendo incorporado ao patrimônio particular os valores pagos. Os suspeitos teriam feito mais de 4.6000 estornos de pagamento.

Com isso, teriam desviado R$ 2.299.575,39. O nome da operação, Telonai, vem da palavra grega para publicano, era o nome dado ao coletor de impostos do Estado Romano, cargo por vezes exercido com grande arbitrariedade.