Após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que não considera empresário quem tem clube de tiro e pedir que espaços sejam fechados, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) disse que o presidente precisa respeitar os CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).
“Infelizmente mais uma vez o presidente Lula tem uma fala desastrosa, ele tem que respeitar toda uma categoria esportiva de colecionadores, os desportistas praticantes do tiro esportivo e os colecionadores que tem suas paixões por armas e os caçadores que tem o papel importantíssimo no controle de pragas, como os javalis que já infestam praticamente grande parte do território brasileiro”, disse.
Nogueira disse ao Midiamax que fala de Lula foi ‘desastrosa' e apontou ‘erro gravíssimo' do presidente em afirmar que o crime organizado se beneficiava do decreto de Jair Bolsonaro (PL).
“Outro erro gravíssimo é que o crime organizado não depende das armas legais que são compradas por pessoas de bem, arma do crime chega por portos em cidades como Santos e Rio de Janeiro, que abastece o submundo do crime com armamentos e munições vindas direto de outros países. Além de que o armamento do crime organizado são todos fuzis automáticos e pistolas automáticas, proibidos para o cidadão de bem e para que CACs comprem esse tipo de armamento”, afirma.
O deputado afirma que em 2022, dados indicaram que mortes violentas tiveram queda de 2,4% no país. “Não podemos nos calar a mais um decreto comunista que visa desarmar a população brasileira e tirar o direito do cidadão de bem de possuir sua arma de fogo. Sou coautor do Projeto de Lei que foi apresentado agora na Câmara para barrar esse decreto bolivariano. Já entrei em contato com presidente Lira e cobrei posicionamento do presidente, quanto a mais uma retirada dos direitos do povo brasileiro. A bancada ruralista e a bancada da bala estão juntas empenhadas para derrubar esse decreto absurdo”, comenta Nogueira.
Lula pede que clubes de tiro sejam fechados
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (25), que não considera que donos de clubes de tiro sejam empresários. Ele também afirmou que é preciso fechar a maioria desses estabelecimentos.
“Eu, sinceramente, não acho que o empresário que tem um lugar de praticar tiro é empresário. Eu já disse para o Flávio Dino: ‘Nós temos que fechar quase todos (clubes de tiro) e só deixar aberto os que são da Polícia Militar, Exército ou Polícia Civil. É a organização policial que tem que ter lugar para treinar tiro. Não a sociedade brasileira”, disse Lula no programa “Conversa com o Presidente”, live semanal promovida pela comunicação institucional do governo.
Na última sexta-feira (21), o presidente assinou um novo decreto que torna mais rígido o controle de armas de fogo no País. O texto reduz o limite de armas a que podem ter acesso caçadores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs), além de restringir também o uso de alguns calibres. O presidente defendeu ainda que a gestão anterior do seu adversário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), agradava ao crime organizado com sua política armamentista.
O novo decreto do governo sofreu repressão de deputados de oposição que apresentaram um projeto para sustar os efeitos do documento de Lula. O texto, assinado por 53 parlamentares, tem o objetivo de reestabelecer as normas da gestão de Bolsonaro, de acordo com o autor da proposta, Paulo Bilynskyj (PL-SP). O parlamentar escreveu nas redes sociais que o decreto apresentado na sexta-feira tem elementos que “exorbitam o poder regulamentar, uma vez que viola o Estatuto do Desarmamento”.
O decreto assinado por Lula também fez com que o ex-presidente Bolsonaro utilizasse a sua conta no Twitter para fazer campanha contra. Nesta segunda-feira, 24, Bolsonaro postou uma foto de 2004, onde aparece colocando uma faixa em um gramado de Brasília com os dizeres “entregue sua arma, os vagabundos agradecem”.
