Grupo fraudava compra de produtos para o HRMS e prejuízo ultrapassa R$ 14 milhões
Produtos comprados nunca chegaram ao hospital e atualmente estão em falta
Renata Portela –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A operação realizada nesta quarta-feira (7) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) tem como alvo organização criminosa que realizava compras fraudulentas para desviar dinheiro público. Os produtos teriam como destino o Hospital Regional, em Campo Grande.
Conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em Itajaí (SC) e Campo Grande. Os investigados são suspeitos de associação criminosa, crimes de licitação, emissão de notas fiscais falsas, falsidade ideológica e peculato.
O grupo agia simulando procedimentos de compra e venda de produtos, que chegariam ao Hospital Regional. No entanto, esses produtos nunca foram entregues. As compras fraudulentas resultavam no desvio de dinheiro público, com pagamento de propina.
Já foi identificado prejuízo de mais de R$ 14 milhões nos últimos anos. Em um dos casos, foi feita compra de R$ 2,5 milhões em contraste. Esse produto duraria algo em torno de quatro anos, mas nunca foi entregue.
Portanto, o material agora está em falta no hospital, inviabilizando os exames em que é necessário o uso de contraste. Os mandados de busca e apreensão têm como alvos pessoas físicas e jurídicas.
A operação ainda contou com apoio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). O nome Parasita decorre da ação danosa que suga os recursos públicos da saúde, prejudicando tanto o regular funcionamento do hospital público como os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
Loja de produtos hospitalares foi alvo da operação
O Gaeco cumpriu na manhã desta quarta-feira (7) mandado de busca e apreensão em uma loja de produtos hospitalares no Bairro Vila Glória, em Campo Grande. Outro mandado foi cumprido simultaneamente em uma corretora de imóveis no Centro.
Segundo informado pelo proprietário do comércio ao Jornal Midiamax, a loja existe há 20 anos e os agentes chegaram nas primeiras horas da manhã. “Acredito que não deve ser nada, ou alguma investigação de rotina. Talvez seja algo envolvendo órgão público, já que eu participo bastante de licitação”, afirmou o proprietário, em relação aos alvos da operação.
Segundo o advogado do empresário, João Anselmo, ele ainda não teve acesso aos autos para saber sobre o motivo das investigações. Ele ainda afirmou que os agentes estão analisando documentos da empresa.
Notícias mais lidas agora
- Justiça concede liberdade a ‘Acumulador da Rua Planalto’ com uso de tornozeleira eletrônica
- Fotógrafo fez vítima olhar fotos com ‘reações’ a abuso sexual em estúdio de Campo Grande
- ‘Destruiu minha família’, diz filha de Belquis, morta há um ano em acidente no Centro de Campo Grande
- VÍDEO: Perseguição a traficante mobiliza helicóptero da PRF e termina com motorista preso em Dourados
Últimas Notícias
Pai sugere reconciliação com Viih Tube após rompimento: “Nunca mais erro”
Pai de Viih Tube, Fabiano Moraes deixa escapar suposta reconciliação com a filha após expor rompimento entre os dois; entenda
Comitês e organizações passam a integrar Sistema Nacional do Esporte
Lei cria Subsistemas Esportivos Privados
Rapaz é preso com tabletes de maconha embaixo da cama em bairro de Dourados
Durante a abordagem ele acabou confessando sua casa funcionava como ponto de venda de drogas
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.