Onde foi feita a capa icônica do ‘Véio do Rio’, a original da novela e a do sósia de Campo Grande?

Confecção da capa começou em agosto de 2021, em selaria de MS. E produção do remake gostou tanto que encomendou vários objetos.

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Sósia do "Véio do rio" no Parque dos Poderes, em Campo Grande. Foto: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax

Misterioso, icônico e já considerado um dos mais populares do remake da novela Pantanal, o “Véio do Rio”, interpretado por Osmar Prado, possui uma capa de couro que o diferencia dos demais personagens, assim que a imagem dele entra no ar. Mas, onde foi feita tanto a capa do ator quanto do sósia, de Campo Grande?

Diretamente de uma selaria de Anastácio, cidade irmã de Aquidauana, portal do Pantanal. A confecção do objeto começou em agosto de 2021, quando o talabarteiro Valcirlei Lima, de 52 anos, foi indicado para fazer não somente a capa, como diversos objetos da novela que precisariam ser feitos de couro.

“Faço muitos serviços para fazendas de turismo da região e aí indicaram a selaria. Neste caso da capa, é bem trabalhosa, o couro é retirado inteiro, como um tapete e não possui cheiro. Ela tem cerca de 1,5 metros e custo entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil”, explicou o talabarteiro.

Talabarteiro confeccionou vários objetos para novela “Pantanal”. Foto: Valcirlei Lima/Arquivo Pessoal

Sósia tem mesma capa, cajado e chapéu pantaneiro

Além da capa, o cajado e o chapéu pantaneiro também fazem parte da vestimenta do ator. Vestido da mesma forma, o sósia do ‘Véio do Rio’, de Campo Grande, também participa de eventos e tira fotos usando os mesmos objetos. Fora isso, ele também tem “uma barba original”, cultivada desde 2006, já que faz “bicos” todo final de ano como papai-noel.

Nessa quarta-feira (27) o Jornal Midiamax o encontrou no Parque dos Poderes, enquanto degustava uma água de coco. Sentado em uma sombra, ele contou que usava a capa de 5kg há algumas horas e já havia tirado dezenas de fotos, durante a manhã, e também descansava após uma entrevista.

Foto: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax

“Eu até brinco que nem sei mais quem sou. Uma hora estou cuidando do meu bar, outra hora estou de papai-noel. Só que agora, com a novela, a maior parte do tempo estou como o Véio do Rio. Teve um evento recente, no qual me contrataram e deram toda a vestimenta. Cheguei a tirar mais de mil fotos em um só dia”, argumentou Roberto Ribeiro de Oliveira, de 69 anos.

Selaria de MS também fez de cinturão do Zé Leôncio a alforjes

Só que não é somente ele que anda atarefado. Além das capas, a selaria de Valcirlei também produziu o cinturão do Zé Leôncio, personagem do Marcos Palmeira, além de “traia” que carrega as comidas, a cuia de tereré, cantil encapado de couro, alforjes (bolsa com dois compartimentos), entre outros objetos.

“Fiquei muito contente em ver o meu trabalho na novela. Tenho 52 anos de idade e, desde os 13, mexo com isso. Foi uma indicação que tive, de fazendas que tive encomendas na região e gostam do meu trabalho. Eles gostaram muito, pediram bastante coisa. É um reconhecimento e estou realmente feliz”, finalizou.

Objetos produzidos por selaria de Anastácio, MS. Foto: Valcirlei Lima/Arquivo Pessoal

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