Guarda Municipal nega movimento político em ato que pede por pagamentos de plantões

A categoria adiou greve nesta quinta-feira (7)

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Guardas reunidos na Praça do Rádio (Foto: Henrique Arakaki/Midiamax)

A Guarda Municipal encaminhou documento para a Prefeitura Municipal nesta quinta-feira (7), negando que ato realizado seja um movimento político em Campo Grande. A categoria adiou greve que aconteceria hoje após pedido da prefeitura.

No documento encaminhado à prefeita Adriane Lopes (Patriota), o SindgmCG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande) repudia a fala do secretário de Segurança Pública, Valério Azambuja, que teria dito que o ato tinha cunho político.

A categoria pede por adequação dos parâmetros de cálculos nos plantões referente ao Decreto Municipal de n° 15.101/2022, além da nomeação dos guardas que passaram no último concurso. O ofício encaminhado à prefeitura pede que a adequação seja feita em 10 dias.

Disputa judicial

Em meio à negociação, sindicato e Prefeitura disputam na Justiça a legalidade de uma eventual greve. Em primeira decisão, a Justiça de Mato Grosso do Sul considerou a greve indicada pelos guardas municipais que começaria hoje como ilegal, com aplicação de multa diária no valor de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

De acordo com o pedido realizado por Ávalo, “o exercício do direito de greve pretendido pela categoria substituída pelo requerido é ilegal, pois tais servidores desempenham atividade de caráter essencial e de necessidade inadiável”. A decisão favorável ao município acata pedido realizado pelo procurador-geral do município, Alexandre Ávalo, contra o sindicato.

Porém, segundo Hudson Bonfim, um pedido de recurso, para barrar a decisão, foi impetrado, mas ainda aguarda julgamento. Caso a Justiça mantenha o entendimento de que servidores desempenham atividade de caráter essencial e, por isso, não podem entrar em greve, a categoria vai procurar outra forma de se manifestar, mas apenas caso a proposta apresentada na próxima terça não agrade. Se o recurso for aceito e a negociação não avançar, a greve poderá ser deflagrada na semana que vem.

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