Discutida há mais de um mês pelos parlamentares, a reforma tributária foi votada nesta semana na Câmara dos Deputados. A pauta movimentou a semana política de Mato Grosso do Sul.

A votação da matéria aconteceu nesta quinta-feira (6) e deputados federais do Estado se posicionaram sobre os votos nas redes sociais. Entre os que foram contra a reforma tributária, Rodolfo Nogueira (PL) afirmou que “os alimentos vão ficar mais caro” com as mudanças.

Marcos Pollon (PL) chamou a reforma de ‘pacote da maldade’ e também declarou voto contrário. Os parlamentares de direita foram convidados para conversa do PL com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Assim, após a reunião, deputados de MS se mantiveram contra a matéria durante a votação. Nesta sexta-feira (7), seguiu a votação para os destaques do projeto.

Dias antes da votação, o governador Eduardo Riedel (PSDB) se reuniu com outros gestores estaduais. Em Brasília, o tucano reforçou posicionamento favorável à reforma tributária.

Reuniões internacionais

Além da agenda em Brasília, Riedel participou de encontros internacionais ao lado do presidente eleito no Paraguai, Santiago Peña. A reunião foi no mesmo dia do aniversário do governador de MS, na quarta-feira (5).

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) também participou da agenda internacional e tratou da Rota Bioceânica com o presidente paraguaio. Além disso, o presidente da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), deputado Gerson Claro (PP), disse que Peña tratará as demandas de MS com prioridade.

De volta ao Estado, Riedel assinou na quinta-feira (6) um acordo com governo do Chile para implementação da Rota Bioceânica.

Neste sábado (8), o presidente nacional do PSDB, Eduardo Leite, participa de evento tucano em Campo Grande. Interessado em negócio internacional de gás em que Mato Grosso do Sul pode fechar parceria, o governador do Rio Grande do Sul tratará de assuntos do diretório.

Sobre o gasoduto argentino em que MS poderá participar, o secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, disse que o Estado é competitivo. Contudo, MS ‘não vai precisar’ do gás natural da Argentina.

Refis de Campo Grande e investigações do interior

Ainda nesta semana o projeto de lei que institui o Refis de 2023 no município de Campo Grande entrou em votação como urgência. A Câmara de Campo Grande aprovou a matéria com emenda que aumentou o desconto para 90%.

Assim, a secretária de Finanças Márcia Helena Hokama estima arrecadação de até R$ 50 milhões. Ações da Operação Sentinela, da DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), geraram a prisão de um servidor da Câmara de Campo Grande.

Preso com conteúdo de pornografia infantil, o funcionário da Casa de Leis foi exonerado. Logo, o presidente da Casa, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), disse que o homem ‘não volta a trabalhar na Câmara’.

Também foram instauradas investigações no interior do Estado durante os últimos dias. É o caso da Prefeitura de Terenos, que tem compra de medicamentos sem licitação investigada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Além disso, o TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) intimou a Prefeitura de Pedro Gomes. A administração deverá explicar irregularidades em licitação de R$ 2,1 milhões.

Por fim, em ação inédita, duas comunidades indígenas de MS propuseram Ação Civil Pública contra a União. As comunidades Guarani e Kaiowá ingressaram ação sobre demarcação de terras.