Falso oásis? MS tem só 2,8% das UTIs para coronavírus ocupadas, mas poucas vagas
·Mato Grosso do Sul tem a menor taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) reservados para tratar pacientes com a Covid-19: segundo o boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) da última segunda-feira (1º), apenas 2,8% dos leitos de terapia intensiva públicos estavam ocupados. Notícias relacionadas Em 18 dias, […]
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·Mato Grosso do Sul tem a menor taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) reservados para tratar pacientes com a Covid-19: segundo o boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) da última segunda-feira (1º), apenas 2,8% dos leitos de terapia intensiva públicos estavam ocupados.
O boletim detalhou que que dos 1.568 casos positivos de Covid-19, 64 estão internados, sendo um de outros Estado (e que, portanto, não integra o boletim estadual, mas da cidade de residência). Em leitos clínicos, até ontem, eram 51 pacientes, sendo 14 na rede pública e 34 na particular. Nesta modalidade, MS dispõe de 1.054 leitos. A taxa de ocupação é de 1,3%.
Já em relação às UTI, havia 14 internações, das quais 4 estão em hospitais particulares e 8 no SUS – o total disponível na rede pública é de 289 leitos. Em um deles, vale lembrar, está um paciente com residência em MT.
A situação aponta que MS parece ser uma espécie de oásis em meio a tantos Estados que beiram o colapso na saúde – sem conseguir achatar a curva, muitas unidades não terão, em breve, como tratar pacientes graves com coronavírus.
Segundo dados do Ministério da Saúde referentes a intervalo entre os dias 26 e 29 de maio, favorável como MS só o Estado vizinho, Mato Grosso, com 14,6% de taxa de ocupação; e o Paraná, com 44% dos leitos de UTI ocupados.
É a partir daí, praticamente, que entra o cenário de caos: Pernambuco é campeão, com 98% de leitos ocupados e à iminência do colapso. O Estado nordestino é seguido pelo Amapá (97,78%), Maranhão (Grande Ilha – 95,65%), Sergipe (89,6%), Ceará (89%), Rio de Janeiro (86%), Acre (86%) Pará (84,36%) e pelo Amazonas (82%).
Falso oásis
A sensação de tranquilidade nos hospitais de MS é ilusória e temporária, segundo a SES. Isso porque MS registra uma das piores taxas de isolamento, o que favorece crescimento de contaminações: os índices referentes ao último dia 31 de maio (domingo) trazem MS no 25º lugar entre as 27 unidades de federação, com 46,2% de taxa de isolamento. O recomendado é 70%. Já a Campo Grande é a segunda pior capital no mesmo índice, com 45,6%, atrás apenas de Goiânia, com 45,25%. Clique AQUI para conferir as tabelas.
Além disso, o titular da pasta, Geraldo Resende, também destaca que a taxa de crescimento entre as confirmações da Covid-19 é exponencial, com casos que triplicaram em poucas semanas, e não indicam se aproximar de achatamento, confirmando as projeções matemáticas para MS.
“Ela segue em franco crescimento. Até mesmo em Campo Grande, onde a gente vê que os números são confortáveis, vislumbramos possibilidade de crescimento da curva em modalidade exponencial. Na 20ª semana do ano (de 10 a 16 de maio), houve 162 novos casos de coronavírus. Já na semana seguinte, mais que dobramos, com 350 casos positivos de Covid-19. E na 22ª semana, que se encerrou no sábado (30), fechamos com 560 casos, quase o dobro da semana anterior”, explicou.
“A população está achando tudo muito normal, mas mesmo vimos no Parque dos Poderes, no domingo, famílias inteiras aglomeradas, sem máscaras e sem distanciamento. Supermercados lotados. A todo tempo chegam denúncias de festas em bairros e chácaras. Houve até concurso de miss infantil. Tudo isso terá repercussão daqui a 14, 15 dias, que é o período de apresentação de sintomas”, pontuou.
Vale lembrar que apenas nos dois primeiros dias da 23ª semana (domingo e esta segunda-feira), MS já totaliza 150 casos.
Novo epicentro
Dourados, a cerca de 230 de Campo Grande, deve superar a Capital em pouco tempo no número de confirmações da Covid-19. O boletim da segunda, por exemplo, colocou a cidade na liderança em relação aos novos casos, com 27 diagnósticos que levam a segunda maior cidade de MS a 306 confirmações. Campo Grande teve 19 positivos e totalizou 312.
“Há muitos positivos e vírus em circulação comunitária. É questão de tempo até que a cidade e o entorno fiquem no topo de casos confirmados. Pode ser amanhã”, pontuou.
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