‘Seu avô trabalhou no governo Lula’: Catan leva invertida ao chamar Kemp de comunista

Confusão e troca de ofensas marcaram a sessão parlamentar nesta quarta-feira (18), após alguns deputados criticarem João Henrique Catan (PL) que efetuou três tiros em um estande, para comemorar aprovação de projeto de lei, na última terça-feira (17). Até o avô de Catan, Marcelo Miranda, que foi governador de Mato Grosso do Sul, foi citado.

Pedro Kemp (PT) se alterou ao usar a tribuna e rebater Catan, autor dos tiros e que tentou se defender do ato, momentos antes, mas atacou os petistas. O deputado bolsonarista citou Jamilson Name (PSDB) que estava em uma escola durante a sessão, mas estava trabalhando. “Ele estava numa escola, mas em sessão remota”, disse Catan ao tentar comparar as situações.

Kemp disse que Catan fica falando que os petistas são comunistas, mas o avô dele, Marcelo Miranda, participou do governo Lula. “Ele não foi diretor do Dnit? Em qual governo? Seu avô é comunista? Palhaçada isso de chamar os outros de comunistas, sem ser. Isso é para assustar as pessoas, fazer debate de forma rasa!”.

O petista criticou a inflação alta, o preço dos combustíveis e alimentos e associou o presidente Jair Bolsonaro (PL) com o facismo. Neste momento, Coronel David (PL) disse a Kemp para manter a calma. “O senhor criticou João Henrique de falar sobre comunismo, mas o senhor subiu aí e falou de facismo e atribuiu isso a Bolsonaro. Hipocrisia é o senhor falar isso, o que vale para um tem que valer pra outro. O senhor não é melhor do que ninguém aqui dentro”.

Rebatendo, Kemp disse para David provar que Bolsonaro não é facista que provaria Lula não ser comunista. Ele ainda cobrou explicações de João Henrique. “Vossa Excelência fica devendo explicação do teatro que fez ontem. Seria interessante começar explicando para a Corregedoria. Cuidado sair atirando aí que uma hora a bala pode pegar sua bunda”.