‘Pau que dá em Chico dá em Francisco’, diz Carlão sobre outro assessor envolvido em crime
Assessores são comissionados e lotados no gabinete do vereador Ademir Santana (PSDB)
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O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto (PSDB), pronunciou-se novamente sobre a questão de outro comissionado do gabinete do vereador Ademir Santana (PSDB) estar envolvido no esquema de tráfico de drogas descoberto na noite de ontem (4).
Procurado pelo Jornal Midiamax, Carlão usou um ditado popular bem conhecido e ressaltou que se o mesmo é consciente do envolvimento no esquema, sabe que também terá a exoneração publicada imediatamente. “Pau que dá em Chico dá em Francisco também, se ele está envolvido ou sabia desse esquema ele também será exonerado. Não vamos compactuar com esses tipos de atitudes”, pontuou.
O presidente da Casa de Leis reforçou que antes da nomeação dos comissionados, a secretária de Recursos Humanos exige todas as certidões de antecedentes civil e criminal, mas ele acredita que o esquema tenha começa após a nomeação.
A reportagem procurou pelo vereador Ademir Santana, mas até o fechamento do texto não obteve retorno.
Outro citado
Conforme publicado pelo Midiamax, outro servidor comissionado estaria envolvido no crime, porém de maneira indireta. O assistente parlamentar nomeado em 2021 seria dono do veículo utilizado para fazer a entrega das drogas para com Robson José Ximenes, na noite de ontem (04). O envolvido teria sido nomeado praticamente na mesma época que Robson, apesar de não ter nome citado no boletim de ocorrências.
O caso
Na noite de terça, os dois homens foram detidos por equipes do Batalhão de Choque, no São Conrado. A prisão aconteceu por volta das 23 horas, quando os policiais faziam rondas pela região e flagraram um dos autores, de 32 anos, saindo de uma casa no veículo Prisma em alta velocidade. Foi dada ordem de parada e nada ilícito foi encontrado no carro.
Já na casa de onde o veículo saiu, os militares encontraram duas caixas com 41 quilos de cocaína. O homem que estava na residência, de 31 anos, contou que emprestava a casa para o amigo que tinha livre acesso ao local, e que não sabia o que tinha nas caixas. O preso que estava dirigindo o carro ainda contou que na terça, o presidente do bairro teria ligado para ele pedindo que fosse buscar na região do Santa Luzia caixas com doações, que foram deixadas na casa.
O autor contou que trabalhava para o dono da residência, que seria presidente do bairro e também assessor de um vereador da Capital e teria oferecido cargos comissionados para o comparsa assumir a droga apreendida.
Em nota o vereador Ademir Santana disse ao Jornal Midiamax que as providências para a exoneração de Robson já foram tomadas.
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