‘Excessos são fora do plenário’, diz Carlão sobre vereador que fiscaliza UPAs de Campo Grande

Vereador pediu a prisão de um servidor da Saúde durante fiscalizações em UPA

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Vereador durante prestação de contas da Sesau. Foto: Reprodução | Assessoria.

O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, rebateu um vereador sobre fiscalizações em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Campo Grande — que renderam até voz de prisão para um servidor da Saúde. Para o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), os “os excessos que existem são fora do plenário”.

Segundo Carlão, os vereadores têm a função de fiscalizar os trabalhos do executivo. “Cada um tem um jeito de fazer seu mandato”, explicou.

A forma do vereador Tiago Vargas tem sido caracterizada por fiscalizações em unidades de Saúde da Capital. Em uma das visitas, o vereador pediu a prisão de um servidor da UPA.

“Posso até ser contra algumas coisas, mas vamos buscar o diálogo”, defendeu o presidente da Câmara. Além disso, Carlão garantiu que “não vamos tolher o mandato de nenhum vereador”.

Para o presidente da Casa de Leis, o “respeito e a harmonia devem nortear os trabalhos”. Ele afirmou que o Poder Legislativo irá buscar harmonia com o Executivo.

Secretário rebate vereador

Durante a prestação de contas da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), nesta segunda-feira (30), o secretário José Mauro Filho pediu respeito aos servidores da saúde, ao responder falas do vereador Tiago Vargas (PSD).

O parlamentar tem feito visitas às Upas (Unidade de Pronto Atendimento) de Campo Grande e, em uma das ocasiões, chegou a pedir a prisão de um funcionário público. Nas fiscalizações, ele aponta, sobretudo, a demora no atendimento de pacientes.

Para o titular de Saúde, José Mauro, quem deveria ter recebido ordem era Tiago Vargas. “O senhor tem todo direito [de ir às unidades], mas com educação, se apresentar à gerente, que é a maior autoridade sanitária dentro da Upa”.

Quem perde é a população

“Ser gestor público não é fácil, e as dificuldades existem”, afirmou Carlão. Para ele, mesmo que o Poder Executivo e Legislativo trabalhem juntos, não é o suficiente para resolver todos os problemas.

“Mas vamos conseguir amenizar o sofrimento. Se as brigas acontecerem, quem perde é a população”, destacou. Por fim, o presidente da Câmara ressaltou que “o diálogo, o respeito não nos impedem de sermos enérgicos na luta pelo bem-estar da população. Mas briga e gritaria não levam a lugar nenhum”.

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