Procuradores pedem que CNJ se posicione sobre desembargador que mandou soltar Lula

Conselho regulamenta que plantonista não pode deliberar sobre decisão colegiada anterior

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Um grupo de mais de 100 integrantes de Ministérios Públicos Estaduais e do MPF (Ministério Público Federal) entrou com pedido de providências no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra o desembargador Rogério Favreto, que concedeu habeas corpus ao ex-presidente Lula (PT) neste domingo (8).

Os promotores e procuradores alegam que a decisão de Favreto de soltar Lula em plantão “viola flagrantemente o princípio da colegialidade, e por conseguinte, a ordem jurídica e o Estado Democrático de Direito”.

O habeas corpus concedido por Favreto foi derrubado pelo presidente do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), Carlos Eduardo Thompson Flores, ainda neste domingo (8). Thompson determinou que o habeas corpus seja analisado pelo relator do caso, o desembargador Gebran Neto.

Promotores e procuradores alegam que o desembargador plantonista é “incompetente para revogar decisão de um colegiado”, e que a condição de Lula como pré-candidato à Presidência, ao contrário do considerado pelo magistrado, não é fato novo.

De acordo com a petição, o CNJ já regulamentou que juízes e desembargadores em plantão não devem apreciar pedidos já analisados pelo órgão judiciário de origem ou em plantão anterior. Para os promotores, Favreto promoveu “ativismo judicial pernicioso e arbitrário”.

“A quebra da unidade do direito, sem a adequada fundamentação, redunda em ativismo judicial pernicioso e arbitrário, principalmente quando desembargadores e/ou ministros vencidos ou em plantão, não aplicam as decisões firmadas por Órgão Colegiado do Tribunal”, diz a petição.

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