Nova ameaça de massacre, dessa vez em outra escola de , fez com que os alunos fossem revistados no início das aulas na manhã desta quarta-feira (5). Conforme relataram os pais de alunos, os filhos tiveram as mochilas e pertences revistados no portão de entrada da Escola Estadual Blanche dos Santos Pereira, no Bairro Tijuca. Além disso, uma equipe da Ronda Escolar da PM também esteve no local pela manhã.

A onda de ameaças nas escolas de começou após o caso de uma professora morta por um aluno em São Paulo.

Conforme relatos de pais na saída da escola, a ameaça teria sido pichada nos banheiros femininos e masculinos e também nas salas de aula.

Um servidor público, de 57 anos, contou que levou a filha de 15 anos para a escola pela manhã e presenciou a revista nas mochilas dos alunos. “A ameaça era de que um aluno poderia estar armado”. Segundo o pai, no ano passado também teve ameaça de massacre. “A comunidade inteira ficou apavorada nem levei eles [filhos] para a escola, mas graças a Deus, não teve nada”, lembrou, afirmando que se soubesse antes, também não teria levado os filhos à escola hoje.

“Na dúvida é melhor não arriscar. O bem maior da gente é o filho. Não vou esperar para ver e arriscar meus filhos”, contou.

Ele disse ainda que chegou a perguntar para a filha se ela queria ir embora, mas como tinha trabalho e prova resolveu ficar.

Uma dona de casa, de 43 anos, disse que tem dois filhos, de 15 e 16 anos, no colégio. Segundo ela, todo ano tem esse tipo de ameaça. “Ano passado fiquei apreensiva em casa, com medo, mas vi que hoje teve a ronda escolar e fiquei mais tranquila. Eles revistaram a bolsa de todo mundo. Tinha que fazer isso em todas as escolas. É importante ter esse tipo de atitude”, relata.

Ela reclamou que a coordenação não deu nenhum tipo de recado, apenas disse que estava tudo sob controle. A mulher chegou a ficar até 8h30 na frente da escola para conversar com o diretor. Segundo ela, foi informado que havia sido feito boletim de ocorrência.

“Eu converso sempre com eles, para qualquer coisa correrem e se esconderem. Não temos muito o que fazer, estamos em casa de mãos atadas”, diz.

A ronda escolar não esteve no local na saída da escola por volta das 11h.

A reportagem entrou em contato com a SED-MS (Secretaria de Estado de Educação) e até a publicação desta matéria não obteve resposta, mas o espaço segue aberto para manifestação.

Viaturas da PM na saída de escola em que aluno levou falsa e causou confusão em Campo Grande. (Foto: Kisie Ainoã / Midiamax)

Onda de violência

Na Escola Estadual Dr. João Leite de Barros, em Corumbá, uma aluna de 15 anos esfaqueou outra durante uma briga na saída da aula, na quarta-feira (29 de março).

A faca estava escondida na calça da autora, na cintura, e foi usada durante discussão com a colega de escola, de 16 anos. Segundo o Corpo de Bombeiros, o ferimento na vítima foi no braço e é superficial, sem risco.

Em Jardim, no dia 23, aluno de 10 anos foi atingido por um golpe de tesoura dada por um colega de sala na Escola Estadual Coronel Pedro José Rufino. O foi golpeado na coxa, mas sem gravidade.

De acordo com a SED (Secretaria de Estado de Educação), o ocorrido teria sido durante uma “brincadeira” que resultou em uma lesão causada com tesoura de ponta fina. Os dois estudam no sexto ano do Ensino Fundamental.

A direção nos informou que, neste caso, não houve briga ou conflito entre os estudantes e que inclusive ambos se desculparam posteriormente, após o ocorrido.

Ameaça de massacre ocorreu em Escola Estadual. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Ameaça de massacre e arma dentro da escola

Equipes do Batalhão de Choque e da Polícia Militar da área foram acionadas para reforço na Escola Estadual Dr. Arthur de Vasconcellos Dias, no Bairro Estrela do Sul, no dia 28, após ameaça de que ocorreria um massacre na unidade escolar.

Pai de um aluno contou que foi encontrada na porta do banheiro uma pichação, onde relatava que um massacre aconteceria na terça-feira (28). Com isso, policiais do Choque foram acionados para acompanhar a entrada dos alunos na unidade escolar.

No dia 23, um aluno causou pânico na Escola Estadual Teotônio Vilela, ao ameaçar funcionários e colegas com um simulacro de arma de fogo. O jovem de 15 anos foi imobilizado pelo diretor.