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Polícia

Mês mais violento, outubro teve mesmo número de homicídios que agosto e setembro juntos em MS

Outubro registrou até mesmo execuções de pessoas da mesma família no Estado
Danielle Errobidarte -
Foto: Henrique Arakaki/Midiamax

O mês de outubro já é considerado o mais violento de todo o ano de 2022 em número de homicídios registrados em Mato Grosso do Sul, segundo dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). A quantidade de mortes violentas de outubro – 53 ao todo – quase se igualou à soma dos dois meses anteriores – setembro, com 36 mortes, e agosto, com 18.

Na Capital, foram registrados 16 dos 53 homicídios, ultrapassando os dois meses com maior incidência até então – janeiro e julho, que registraram 15 mortes na Capital. Na faixa de fronteira, foram 23 em outubro, número que se igualou a janeiro, que era considerado o mais violento do ano. Em outubro do ano passado, foram registrados 34 homicídios – 19 a menos que em 2022.

Do total de 408 homicídios ocorridos em 2022, até então, 324 são homens, 64 mulheres e 20 não informados. Já em relação à faixa etária das vítimas, 228 são adultos (com idades entre 30 a 59 anos) e 125 jovens (de 18 a 29 anos). O número de idosos mortos também chama atenção: 39 durante os 10 meses do ano.

Lesão corporal seguida de morte e feminicídio

Durante os 10 meses de 2022, foram registrados 15 casos de lesão corporal seguida de morte em Mato Grosso do Sul, quando no ano anterior foram 8. Já o número de feminicídios em outubro diminuiu em relação ao mês anterior – foram três, contra cinco em setembro.

Ao todo, foram 40 mulheres mortas durante os 10 meses do ano, 11 delas com idade entre 18 e 29 anos. Os meses com maior número de feminicídios até agora foram janeiro e junho, com 7 cada. Na faixa de fronteira de Mato Grosso do Sul, foram 11 vítimas. A maioria absoluta dos autores é alguém que conviveu ou se relacionou afetivamente com as vítimas.

Carlos Henrique foi morto da mesma forma que o irmão, Adriano. (Foto: Danielle Errobidarte – Arquivo Midiamax)

Mortes entre familiares

O que mais chama a atenção nas mortes registradas durante o mês de outubro são as “coincidências” de pessoas da mesma família assassinadas em um curto intervalo de tempo. A situação ocorreu duas vezes durante o mês: na morte de Carlos Henrique, no dia 22, no Bairro Universitário, e na de Ana Cláudia Gonçalves Martinez, no dia 25, no Bairro Caiobá.

O irmão de Carlos, Adriano Ferreira Ocampos, foi morto no Bairro Los Angeles, no dia 26 de julho. Ambos morreram na frente dos filhos, e os autores também estavam em uma motocicleta. A Polícia Civil investiga se há relação entre os dois assassinatos.

Já Ana Cláudia Gonçalves Martinez foi baleada junto ao marido, Pedro Celso Ajala Sanguina. Ela morreu no local e Pedro poucas horas depois, no hospital. O casal estava junto há 21 anos e, no período de 13 anos, foram ao todo 7 pessoas da mesma família assassinadas.

O irmão de Ana, Leandro Gonçalves Matinez, conhecido como ‘Magrelo’, foi morto com 11 tiros no início do mês de outubro, na Vila Aimoré. Ana já teve outros quatro irmãos assassinados em entre os anos de 2009 e 2017.

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