Três postos fazem plantão neste sábado para reforço da vacinação contra a Covid-19

Vacinação da 4ª dose está liberada para pessoas com 20 anos ou mais e que tomaram a 3ª dose há quatro meses; bebês com comorbidades também podem vacinar

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Doses da vacina
Doses da vacina (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

A prefeitura de Campo Grande liberou a 4ª dose de vacina contra a Covid-19 para quem tem 20 anos ou mais e que tomou a terceira dose há pelo menos quatro meses. Neste sábado (26), três unidades de saúde estarão abertas até às 17h para aplicação da vacina.

As vacinas estão sendo aplicadas no UBS Dona Neta (bairro Guanandi), no USF Moreninhas e no UBS 26 de agosto (Centro). A vacinação também está aberta para os bebês de seis meses a dois anos incompletos e com comorbidades. A pfizer baby é aplicada em esquema de xepa.

A estratégia municipal de aplicar o segundo reforço em toda a população até os 18 anos objetiva evitar que o cenário presenciado pela população entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano se repita.

Cobertura vacinal é baixa em Campo Grande

Apenas 10% da população de Mato Grosso do Sul está com esquema vacinal completo contra a Covid-19 e, de fato, protegida. Com o baixo nível de reforço aplicado, o infectologista Julio Croda, afirma que pode haver agravamento de casos e até mortes.

Até o momento, quase dois milhões de doses da vacina contra a Covid-19 foram aplicadas na Capital, e 80% da população local está com o esquema primário completo. Porém a procura pelas doses de reforço ainda estão muito aquém do esperado.

Desde o final do mês de maio, o primeiro reforço está liberado para toda a população a partir dos 12 anos e que havia concluído o esquema primário há pelo menos quatro meses, mas, até então, somente 380.490 doses foram aplicadas. O público estimado desta faixa etária é de aproximadamente 741,6 mil pessoas.

Quanto ao segundo reforço, a procura está ainda mais baixa, já que foram aplicadas pouco mais de 141 mil doses dos imunizantes disponíveis.

Plantao sesau

Nova variante pode complicar casos leves

De acordo com a prefeitura, a medida de ampliar o público visa tentar reduzir os riscos de um novo pico de casos da infecção em decorrência da variante BQ.1. 

Mesmo ainda não tendo sido isolada em Campo Grande, acredita-se que ela já deve estar em circulação, uma vez que estados como São Paulo e Rio de Janeiro, destinos frequentes de quem mora em Campo Grande e no interior, já confirmaram a presença da variante do vírus.  

“Isolar a variante é só uma questão de tempo, porque sabemos que, com a facilidade de voos, principalmente, ela já deve estar circulando na cidade”, comenta a superintendente de vigilância em saúde, Veruska Lahdo. Para ela, um reflexo disso é o aumento no número de atendimentos a pacientes sintomáticos respiratórios e na busca por testes de diagnóstico. 

“Na época, tivemos uma crescente gigantesca no número de casos positivos, e uma positividade mais de 40% em um dos meses. Nesse momento cerca de 6,9% dos testes têm o resultado positivo, mas devemos permanecer alertas”, conclui a superintendente. 

Vacinação para bebês com comorbidades

Iniciada em 12 de novembro, a campanha de vacinação contra Covid-19 para bebês está com imunização abaixo do esperado para o público-alvo. Até o momento, 68,75% dos bebês vacinados tomaram a ‘xepa’ e apenas 31,25% compõem o público-alvo com comorbidades.

Segundo os dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), foram aplicadas 96 doses da vacina em bebês entre 6 meses e 2 anos de idade. Desse total, 30 foram em crianças que apresentaram laudos de comorbidades e 66 provenientes da xepa.

Marilene da Silva Pereira, gerente da UBS (Unidade Básica de Saúde) Dona Neta, explica que a baixa procura favorece a ‘xepa’ da vacina, que é a distribuição de doses que restam quando sobram no frasco já aberto. A ‘xepa’ é destinada para crianças sem comorbidade.

A partir das 16h, a equipe começa a ligar para pais e responsáveis que procuram o posto mais cedo e deixam o nome em uma lista de espera. Ou seja, dos vacinados até agora, a maioria não faz parte do público-alvo, que são as crianças com comorbidade.

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