Em 11 dias, Campo Grande vacina apenas 96 bebês contra Covid e 68% não têm comorbidade

Foram aplicadas 96 doses da vacina em bebês. Desse total, apenas 30 foram em crianças que apresentaram laudos de comorbidades

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Vacina contra a Covid-19 está disponível para bebês de 6 meses a menores de 3 anos com comorbidades. (Foto: PMC/Divulgação)
Crianças morreram em decorrência do vírus da Influenza B – Ilustrativa (Foto: PMC/Divulgação)

Iniciada em 12 de novembro, a campanha de vacinação contra Covid-19 para bebês completa 11 dias nesta quarta-feira (23) com imunização abaixo do esperado para o público-alvo. Até o momento, 68,75% dos bebês vacinados tomaram a ‘xepa’ e apenas 31,25% compõem o público-alvo com comorbidades.

Segundo os dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), foram aplicadas 96 doses da vacina em bebês entre 6 meses e 2 anos de idade. Desse total, 30 foram em crianças que apresentaram laudos de comorbidades e 66 provenientes da xepa.

“Como medida para incentivar os pais a vacinarem seus filhos, a Secretaria de Saúde tem realizado buscas ativas para regularização da caderneta vacinal, e, assim, orienta os responsáveis pelas crianças sobre a importância da vacinação contra a Covid-19, além de realizar plantão de vacinação nos finais de semana e feriados”, disse a Sesau em nota.

Xepa da vacina

Em reportagem anterior, a secretaria afirmou que uma das medidas para manter a imunização e não perder as doses é a ‘xepa’ da vacina, as doses são distribuídas de maneira espontânea aos pacientes que procuram as unidades no fim do dia.

Marilene da Silva Pereira, gerente da UBS (Unidade Básica de Saúde) Dona Neta, explica que a baixa procura favorece a ‘xepa’ da vacina, que é a distribuição de doses que restam quando sobram no frasco já aberto. A ‘xepa’ é destinada para crianças sem comorbidade.

A partir das 16h, a equipe começa a ligar para pais e responsáveis que procuram o posto mais cedo e deixam o nome em uma lista de espera. Ou seja, dos vacinados até agora, a maioria não faz parte do público-alvo, que são as crianças com comorbidade.

“Não dá para perder o lote, então ligamos para aqueles que procuram mais cedo. Os agentes de saúde também têm avisado as famílias nas casas sobre a liberação para faixa etária e a importância em vacinar o bebê”.

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