Mente influenciável: Porque ataque em escola desencadeou ameaças em MS
Após o massacre na escola de Suzano (SP) onde 10 pessoas morreram, uma série de ameaças de alunos em escolas de Mato Grosso do Sul acabou se desencadeando. O comportamento de alunos virou pauta e, especialista garante que situação pode ter sido influenciada pelo crime que aconteceu no dia 13 de março no interior paulista. […]
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Após o massacre na escola de Suzano (SP) onde 10 pessoas morreram, uma série de ameaças de alunos em escolas de Mato Grosso do Sul acabou se desencadeando. O comportamento de alunos virou pauta e, especialista garante que situação pode ter sido influenciada pelo crime que aconteceu no dia 13 de março no interior paulista.
A psicopedagoga e mestranda em neurociência, Gláucia Benini Duarte, afirma que existe uma influência direta do ocorrido com o comportamento das crianças e adolescentes. “Estudos comprovam o cérebro absorve o comportamento alheio, ele copia o que o outro está fazendo. Existe um contágio emocional e, dependendo do ambiente que ele é exposto, ele será sim, influenciado”, disse ao Jornal Midiamax.
Segundo a especialista, o cérebro de crianças e adolescentes são mais vulneráveis a se espelhar no comportamento de outros jovens. Gláucia também pontua que jogos de violência também influenciam, por isso é importante não expor games com restrição de idade a crianças.
“O ideal, é a família prevenir essa exposição. Tem jogos com conteúdo terroristas, jogos violentos e veem naquele jogo uma influência”, comentou a psicopedagoga, explicando que, atualmente, pais estão cada vez mais ausentes na vida dos filhos e isso pode causar uma revolta. Também há casos em que adolescentes podem realizar atos apenas para chamar atenção.
Escolas em alerta
Um dos casos de ameaça de alunos aconteceu no dia 20 de março, quando dois adolescentes foram apreendidos com receitas de bombas caseiras e desenhos nazistas na Escola Estadual Blanche dos Santos Pereira.
Deputados também chegaram a propor segurança reforçada em escolas públicas durante sessão na Assembleia Legislativa, com policiamento, videomonitoramento e armas não letais para proteger alunos de qualquer ameaças. Os projetos ainda seguem em tramitação.
Com casos acontecendo ‘em baixo do nariz’, as escolar estão em alerta e buscam em projetos sociais orientar os alunos. A Semed (Secretaria Municipal de Educação) disse que, desde o ocorrido em Suzano (SP), não identificou nenhum tipo de ameaça nas escolas municipais. Porém, ressaltou que está trabalhando em projetos que levem a identificar alunos que estejam passando por algum momento difícil e que os levem a praticar algum atentado.
Entre esses projetos, a Semed destacou o Proceve (Promotoria Contra Evasão e Violência Escolar), que foi desenvolvido em parceria com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Esse programa tem a finalidade de orientar os pais sobre a responsabilidade perante os filhos e destacar a autoridade dos educadores em relação aos alunos, estabelecendo medidas disciplinares e de caráter pedagógico a serem observadas por crianças e adolescentes no ambiente escolar.
A reportagem entrou em contato com a SED (Secretaria Estadual de Educação), mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
Ameaças em escolas de MS neste mês
No dia 15 de março, a polícia estava investigando uma suposta ameaçada de atentado a escola pública de Nova Andradina. A suspeita de que alunos estariam planejando algum ataque surgiu por grupos de WhatsApp. “Padre Anchieta né? Fica esperto. O trem tá chegando. Vocês vão morrer”, dizia mensagem.
No dia 18 de março, um adolescente de 15 anos foi apreendido após ameaçar atacar uma escola pública localizada no Centro de Terenos, cidade distante cerca de 32 km de Campo Grande. Na ameaça, ele dizia que iria fazer o mesmo massacre que ocorreu em uma escola de Suzano (SP). A descoberta da ameaça surgir através do WhatsApp.
No dia 20 de março, dois adolescentes, de 14 e 16 anos, foram apreendidos porque que ameaçavam explodir a Escola Estadual Blanche dos Santos Pereira, localizada no Jardim Tijuca, em Campo Grande. Eles estavam com receitas de bombas caseiras e a diretoria acionou a Polícia Militar. Posteriormente, polícia apreendeu material com desenho nazista com os alunos.
No dia 25 de março, uma professora impediu que dois adolescentes, de 16 e 17 anos, jogassem um coquetel molotov dentro do pátio da Escola Municipal Valério Carlos da Costa localizada na Rua Santa Catarina em Sidrolândia, cidade a 71 quilômetros de Campo Grande
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