O TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) indeferiu medida liminar pleiteada pela Costa Oeste Serviços de Limpeza Eireli a fim de suspender realizada pela (Secretaria de Estado de Fazenda).

Última colocada em pregão eletrônico aberto para contratação de empresa especializada na prestação de serviços de mão de obra terceirizada, a Costa Oeste alega que as duas concorrentes no páreo não podem assumir o contrato, estimado em R$ 60 milhões pelo período de 12 meses.

Isto porque, segundo o grupo, a Potenza Empresa de Trabalho Temporário Eireli e a Appa Serviços Temporários e Efetivos Ltda são, como os nomes sugerem, especializadas em ofícios temporários. A Costa Oeste sustenta que o edital do pregão eletrônico fala em “serviços continuados”, com dedicação exclusiva de mão-de-obra.

Em decisão liminar, o conselheiro Waldir Neves considerou que não existe impedimento legal à participação das empresas cujas atividades principais são o trabalho temporário.

Além disso, a Sefaz manifestou ao TCE-MS que a licitação já está paralisada por força de decisão judicial.

Atual contratada consegue barrar substituta

A sentença em caráter liminar foi obtida em setembro deste ano pela Dígithobrasil Soluções em Software Ltda, atual prestadora do serviço licitado. Investigações da Polícia Federal já deram conta de que a empresa é de João Roberto Baird, réu na Operação Lama Asfáltica e denunciado ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) por envolvimento no suposto esquema de corrupção comandado pelo governador (PSDB).

Em julho deste ano, a Sefaz pediu à Dígithobrasil que continuasse prestando os serviços enquanto o processo de licitação se arrasta. As pasta se comprometeu a pagar pelas despesas. Com a garantia, a empresa foi à Justiça e conseguiu suspender de vez o pregão.

A Dígithobrasil alegou que a Potenza não atendeu exigências do edital de licitação, conforme definição inicial da própria Sefaz. Depois, com a desclassificação da primeira colocada do certame, a Produserv Serviços Eireli, a secretaria reviu sua decisão e habilitou a Potenza.

O pregão segue inerte até decisão final da Justiça. O valor atual do contrato da Sefaz com a Dígithobrasil é de R$ 49,5 milhões.