Justiça Federal de MS ouvirá delator da Lama Asfáltica e responsável por ‘planilhão’ da JBS
A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul adiantou o depoimento do empresário Ivanildo da Cunha Miranda, delator da Operação Lama Asfáltica, para o dia 14 de maio. Com isso, o depoimento de Demilton Antônio de Castro, executivo responsável pelo ‘planilhão’ da JBS, também será adiantado. O despacho com as decisões foi publicado no Diário […]
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A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul adiantou o depoimento do empresário Ivanildo da Cunha Miranda, delator da Operação Lama Asfáltica, para o dia 14 de maio. Com isso, o depoimento de Demilton Antônio de Castro, executivo responsável pelo ‘planilhão’ da JBS, também será adiantado. O despacho com as decisões foi publicado no Diário do TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) desta sexta-feira (6).
O pecuarista estava com viagem marcada para a data designada para a audiência, dia 25 de maio, que precisou ser adiantada conforme decisão da Justiça. Tanto Ivanildo como Demilton deverão ser ouvidos às 9h (10h do horário de Brasília). Ambos realizarão videoconferência pela Subseção Judiciária de São Paulo.
Os bloqueis foram pedidos na 8ª denúncia do MPF (Ministério Público Federal) sobre a operação após análise do ‘planilhão da JBS’, um arquivo de mais de 9 mil dados de operações financeiras ilegais feitas pelo grupo dos irmãos Wesley e Joesley Batista e organizado pelo funcionário Demilton Antônio de Castro, que teria a lista de todos os políticos supostamente beneficiados em esquema de pagamento de propina.
Em janeiro do ano passado, a Justiça Federal bloqueou mais de R$ 100 milhões em bens, conjuntamente, do empresário do ramo da informática João Roberto Baird, Antônio Celso Cortez, João Maurício Cance, do ex-governador André Puccinelli e das empresas Itel Informática, Mil Tec Tecnologia, PSG Tecnologia e da Congeo Construção.
‘Planilhão’ de MS
Os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, também já depuseram à 3ª Vara Federal Criminal de Campo Grande em decorrência da sétima ação penal da Operação Lama Asfáltica e o primeiro julgamento do ex-governador André Puccinelli no caso.
O grupo empresarial afirma, em delação premiada, ter repassado R$ 10 milhões à Proteco Construções, que venceu a licitação para construir o Aquário do Pantanal, a pedido do ex-governador André Puccinelli.
Segundo trecho da delação disponibilizado no despacho, Joesley afirma que Puccinelli teria pedido o repasse ‘da propina devida’ para pagar a empresa. Também já foram ouvidos em outro processo Valdir Aparecido Boni, ex-diretor de tributos e o contador Florisvaldo Caetano de Oliveira, apontado como responsável por realizar pagamento de propina do Grupo J&F a políticos. Todas as oitivas serão realizadas ‘por serem testemunhas arroladas na acusação e tornadas comuns pelas defesas dos réus’, segundo o juiz.
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