Desmatamento no Pantanal repercutiu entre os políticos de MS nesta semana

Semana política também foi marcada por confissão de compra de votos no interior de MS

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Área desmatada em uma fazenda no Pantanal é equivalente a 1,3 mil campos de futebol. (Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

Políticos de Mato Grosso do Sul repercutiram o desmatamento do Pantanal nesta semana, após série de reportagens do Jornal Midiamax. Área equivalente a 1,3 mil campos de futebol foi desmatada por André Luiz dos Santos, o Patrola, e preocupa os parlamentares do Estado.

Patrola comprou uma fazenda gigante na Nhecolândia, uma das regiões mais preservadas do Pantanal em Mato Grosso do Sul, e destruiu tudo para supostamente colocar pasto e criar bovinos. Há suspeita de que o empreiteiro usou dinheiro de contratos investigados por corrupção para realizar as obras.

Na publicação mais recente, desta sexta-feira (30), a reportagem aponta suspeitas de vizinhos e fazendeiros sobre a relação das fazendas compradas pelo empreiteiro e as obras em rodovias em que venceu. Patrola foi alvo da Operação Cascalhos de Areia, assunto entre os políticos de MS na semana passada.

Além disso, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) será o primeiro convocado pelo grupo. Sobre o desmatamento, Pedro Kemp (PT) acredita que a única esperança para o Pantanal é a legislação federal.

Enquanto Geraldo Resende (PSDB) lamentou pelas ‘perdas irreparáveis’ ao Pantanal. Para o deputado federal, a bancada de MS deve intervir na situação.

Já o presidente da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Gerson Claro (PP), afirmou que a Casa de Leis irá atuar no caso. O deputado estadual Junior Mochi (MDB) disse que a lei para a proteção do Pantanal existe, porém, não é aplicada.

Compra de votos e transporte coletivo

Em Bodoquena, a sessão da Câmara Municipal de 19 de junho foi marcada por admissão do vereador Osmar Ajala sobre compra de votos. Segundo áudio obtido pelo Jornal Midiamax, o vereador diz ‘paguei para votar em mim’, ao falar na tribuna, no último dia 19.

“Por que que eu tô aqui, por que nós estamos aqui? É pelo voto”, começou o discurso. “Muitos que criticam de asfalto, daqui para Miranda, cadê os vereadores, cadê isso, cadê aquilo? É um cara que eu paguei, um dos caras que eu paguei para votar em mim, pô. Vai cobrar de que jeito? Se o cara vende o voto?”, disse durante a sessão.

Ainda nesta semana, o vereador Coronel Villasanti (União Brasil), presidente da Comissão de Transporte e Trânsito da Câmara Municipal de Campo Grande, cobrou mais ônibus nos horários de pico em Campo Grande.

“Foram comprados 71 e ainda faltam quase 200”, afirmou. O Midiamax noticiou no dia 14 deste mês que são 182 ônibus vencidos e menos da metade será trocada pelo consórcio.

Assim, na entrega desses 71 novos ônibus, a prefeita Adriane Lopes (PP) afirmou que cobrará melhorias do Consórcio Guaicurus.

Reforma tributária e evento tucano

A conversa sobre a reforma tributária evoluiu e garante ‘pontos essenciais’ defendidos por Mato Grosso do Sul. Isso é o que afirmou o governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB). “Dois pontos que eram essenciais para Mato Grosso do Sul foram inclusos, a garantia dos incentivos fiscais até 2032 e a manutenção dos fundos, como Fundersul”, disse em agenda na quarta-feira (28).

Já no próximo sábado (8), o ninho tucano de Mato Grosso do Sul se reunirá para evento com a presença do presidente nacional do PSDB, o governador Eduardo Leite. O evento Diálogos Tucanos pelo Brasil acontece em 8 de julho.

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