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Política

Após terremoto na Síria, cônsul usará a palavra em sessão na Câmara Municipal

O número de mortos no terremoto na Turquia e no norte da Síria ultrapassou 43 mil
Mariane Chianezi - Publicado em
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Imagem ilustrativa. ( Divulgação, Câmara Municipal)

A Câmara Municipal de Campo Grande abrirá nesta quinta-feira (23), Dia da Paz e da Compreensão Mundial, espaço para o Cônsul da República Árabe da Síria em MS, Kabril Yussef para falar sobre a situação da Síria depois dos terremotos.

Kabril é o Cônsul da Republica Árabe da Síria em MS, MT e RJ, Presidente do Corpo Consular de MS/MT e Representante do Conselho Mundial dos Imigrantes Sírios para a América do Sul.

O número de mortos no terremoto na Turquia e no norte da Síria ultrapassou 43 mil, segundo as apurações das equipes de busca. O terremoto teve 7.8 pontos de magnitude e ocorreu no dia 6 de fevereiro.

O uso da palavra livre ocorrerá por indicação da vereadora Luiza Ribeiro (PT), durante a Sessão Ordinária, a partir das 9h.

Sou de MS, como posso ajudar a Síria?

A Embaixada da República Árabe da Síria está arrecadando doações em dinheiro para aliviar as pessoas afetadas por esse desastre. Os interessados em fazer uma doação podem fazer uma transferência bancária.

  • Banco do Brasil
  • Agência: 1606-3
  • Conta corrente: 1.016.218-6
  • Chave pix: 04514306000117

A embaixada solicita que o comprovante seja enviado para o e-mail: embaixadadasiria@gmail.com

Ajuda não chega devido à guerra

Após anos de guerra, moradores do noroeste da Síria atingidos por um enorme terremoto estão às voltas com sua nova realidade, que está cada vez pior.

Quase uma semana depois que o devastador terremoto de magnitude 7,8 atingiu o norte da Síria e a vizinha Turquia, a ONU reconheceu o fracasso internacional em prover auxílio para as vítimas sírias.

Em Atareb, uma cidade síria ainda sob poder dos rebeldes depois de anos de confrontos com as tropas do governo, os sobreviventes vasculharam os escombros de suas casas no domingo, recolhendo os restos de suas vidas destruídas e procurando formas de se recuperar do mais recente entre os desastres humanitários que se abateram sobre a região desgastada pela guerra.

Escavadeiras erguiam o entulho e moradores destruíam as colunas com pás e picaretas para nivelar um prédio demolido.

Dezenas de famílias recém-desabrigadas se reuniram para receber refeições quentes oferecidas por voluntários e pelo governo local de oposição. Um cidadão foi de barraca em barraca para distribuir maços de dinheiro em um abrigo improvisado – o equivalente a cerca de US$18 (R$94) para cada família.

Os sírios estavam fazendo o que aprimoraram ao longo de anos de crise: dependendo uns dos outros para juntar os cacos e seguir em frente.

“Estamos lambendo nossas próprias feridas”, disse Hekmat Hamoud, que já foi desalojado duas vezes pelo conflito em curso na Síria antes de ficar preso por horas sob os escombros.

O enclave controlado pelos rebeldes no noroeste da Síria, onde mais de 4 milhões de pessoas vêm a custo lidando com ataques aéreos impiedosos e pobreza crescente, foi atingido em cheio pelo terremoto de 6 de fevereiro.

Muitas das pessoas na região já haviam sido deslocadas pelo conflito existente, e moravam em assentamentos lotados de barracas ou em edifícios comprometidos por bombardeios anteriores. O terremoto matou quase 2.000 pessoas no enclave, e desalojou muitas outras pela segunda vez, obrigando algumas a dormirem sob os olivais em pleno inverno.

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