Em meio a escândalos, Bolsonaro homenageia amigo e fala sobre início da carreira política

O Presidente não comentou sobre as prisões de pessoas ligadas a ele em um suposto esquema de corrupção

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Bolsonaro
Presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação.

Em meio aos escândalos de corrupção envolvendo o MEC (Ministério da Educação), o Presidente da República, Jair Bolsonaro, não comentou sobre as prisões de pessoas ligadas a ele envolvidas em um suposto esquema de propina. Nesta manhã de quinta-feira (23), ele usou as redes sociais para homenagear um amigo e falar sobre o início da carreira política.

O Presidente aparentemente não se afetou com o ‘tumulto’ envolvendo a prisão de seu ex-ministro da educação, Milton Ribeiro. Bolsonaro apareceu nesta manhã relembrando as dificuldades que teria enfrentado no início de sua carreira e o quanto o amigo o ajudou lhe emprestando uma máquina de xérox e algumas resmas de papel.

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Prisão

Na manhã desta quarta-feira (22), a PF (Polícia Federal) cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão contra o ex-ministro da Educação e os pastores-lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos, por suspeitas de crimes na liberação de recursos do Ministério da Educação para prefeituras.

A operação foi autorizada pela 15ª Vara Federal do Distrito Federal e apura crimes como corrupção e tráfico de influência durante a gestão de Milton Ribeiro. Segundo O Globo, a investigação teve início no STF (Supremo Tribunal Federal), mas foi enviada à primeira instância depois que Milton deixou o cargo de ministro da Educação do governo Bolsonaro.

No total, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco prisões preventivas nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal, além de medidas cautelares como a proibição do contato entre os investigados.

Investigação

Em março, o MEC (Ministério da Educação) veio para o centro de um escândalo após denúncias envolvendo a atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura como lobistas na pasta. De acordo com as acusações reveladas pelo jornal “Estado de S.Paulo”, os religiosos prometiam a prefeitos facilitar a liberação de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) mediante pagamento de propina.

CPI do MEC

Após a prisão do ex-responsável da pasta, senadores voltaram a pedir a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar suposta corrupção no Ministério da Educação.

Assim, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) voltou a colher assinaturas para abertura de uma CPI. No entanto, o requerimento da Comissão precisa ser apoiado pelos senadores.

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