PF prende ex-ministro Milton Ribeiro e pastores-lobistas por suspeitas de corrupção no MEC

A PF (Polícia Federal) cumpre mandados de prisão e busca e apreensão nesta quarta-feira (22) contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e os pastores-lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos, por suspeitas de crimes na liberação de recursos do Ministério da Educação para prefeituras. A operação foi autorizada pela 15ª Vara Federal do Distrito Federal […]

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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, com o pastor Arilton Moura (Luis Fortes/MEC)

A PF (Polícia Federal) cumpre mandados de prisão e busca e apreensão nesta quarta-feira (22) contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e os pastores-lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos, por suspeitas de crimes na liberação de recursos do Ministério da Educação para prefeituras.

A operação foi autorizada pela 15ª Vara Federal do Distrito Federal e apura crimes como corrupção e tráfico de influência durante a gestão de Milton Ribeiro. Segundo O Globo, a investigação teve início no STF (Supremo Tribunal Federal), mas foi enviada à primeira instância depois que Milton deixou o cargo de ministro da Educação do governo Bolsonaro.

No total, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco prisões preventivas nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal, além de medidas cautelares como a proibição do contato entre os investigados.

Em depoimento prestado no caso, Milton Ribeiro disse desconhecer a atuação dos pastores e afirmou que “não autorizou” os religiosos a falar em nome do ministério. “Não tinha conhecimento que o pastor Gilmar ou o pastor Arilton supostamente cooptavam prefeitos para oferecer privilégios junto a recursos públicos sob a gestão do FNDE ou MEC”, disse.

Entenda

Em março, o MEC (Ministério da Educação) veio para o centro de um escândalo após denúncias envolvendo a atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura como lobistas na pasta. De acordo com as acusações reveladas pelo jornal “Estado de S.Paulo”, os religiosos prometiam a prefeitos facilitar a liberação de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) mediante pagamento de propina. (Com agências).