Bolsonaro marca agenda em Suriname e não tem data prevista para voltar a MS

Presidente estará na Guiana e Suriname na quinta e sexta-feira

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Bolsonaro causou surpresa e alvoroço ao visitar o Mercadão Municipal
Bolsonaro causou surpresa e alvoroço ao visitar o Mercadão Municipal

Depois de ter cancelado a agenda em Porto Murtinho em 13 de dezembro do ano passado e remarcado para a próxima sexta-feira (21), para a solenidade do lançamento da pedra fundamental da Rota Bioceânica, o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) viaja na próxima quinta-feira (20) ao Suriname e estará em GeorgeTown, capital da Guiana, na sexta-feira. Ou seja, a agenda em Mato Grosso do Sul foi novamente cancelada.

Com isso, não há data prevista para o presidente voltar ao Estado. A assessoria do Palácio do Planalto foi questionada sobre uma nova data, mas respondeu apenas que ele estará em Suriname e Guiana nos dias 20 e 21 de janeiro, ao encaminhar um link para credenciamento da imprensa. 

Em dezembro do ano passado, a expectativa da vinda do presidente a Porto Murtinho foi grande entre empresários e a população. O presidente do Paraguai, Mario Abdo, compareceu na agenda, assim como o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), mas Bolsonaro não foi, pois o avião presidencial não pode pousar no aeroporto de Bonito, devido ao mau tempo. De lá, a comitiva embarcaria em um helicóptero rumo a Porto Murtinho.

Sem a autorização de pouso da Infraero, o presidente causou alvoroço ao aparecer de surpresa no Mercadão Municipal de Campo Grande. Com o lançamento da pedra desmarcado, a assessoria remarcou a vinda de Bolsonaro para 21 de janeiro. Mas novamente, a agenda não será cumprida. 

Suriname e Guiana

A viagem ao Suriname e Guiana será voltada para cooperação na área de energia, com um diálogo exploratório sobre possíveis projetos de conexão da rede de eletricidade guianesa com o estado de Roraima. Os dois países sul-americanos registraram recentemente descobertas nas áreas de petróleo e gás, por isso o foco na cooperação em energia, segundo a Folha de São Paulo.

Ambos os países têm um comércio tímido com o Brasil, embora compartilhem alguns quilômetros de fronteira com a região Norte. O país registrou exportações de US$ 38,5 milhões em 2021 para o Suriname, com US$ 1,2 milhão em importações. Com a Guiana, o fluxo de comércio foi de US$ 111,7 milhões exportados e US$ 6,8 milhões importados.

Conforme o Palácio do Planalto, Bolsonaro será recebido pelo Presidente da República do Suriname, Chandrikapersad Santokhi, e do Presidente da República Cooperativa da Guiana, Irfaan Ali. Os líderes passarão em revista temas das agendas bilaterais, em áreas como comércio, investimentos, energia, infraestrutura, segurança, defesa, cooperação técnica e questões da pauta regional.

Os três Chefes de Estado manterão, em 20 de janeiro, almoço de trabalho na capital surinamesa, ocasião em que discutirão projetos de interesse comum. A viagem presidencial ocorre no contexto do fortalecimento das relações bilaterais, em cenário de retomada do diálogo estratégico entre os governos e de perspectivas de maior desenvolvimento econômico e social no Suriname e na Guiana, impulsionado pelas descobertas recentes de petróleo e gás.

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