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Política

Tensão entre Moro e Bolsonaro divide opiniões na bancada federal de MS

Tensão em curso no Palácio do Planalto após suposta tentativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de trocar o comando da PF (Polícia Federal) mesmo sem aval do ministro da Justiça Sérgio Moro divide opiniões da bancada federal sul-mato-grossense. No centro da polêmica está o atual chefe da PF, Maurício Valeixo, que foi indicação de […]
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O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública

Tensão em curso no após suposta tentativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de trocar o comando da PF (Polícia Federal) mesmo sem aval do ministro da Justiça Sérgio Moro divide opiniões da bancada federal sul-mato-grossense.

No centro da polêmica está o atual chefe da PF, Maurício Valeixo, que foi indicação de Moro e é considerado homem de confiança do ex-juiz federal. Para o deputado federal Loester Trutis (PSL), o presidente não demitiria nem trocaria o comando da instituição sem comum acordo com o ministro da Justiça.

“Menos ainda acredito que seja possível ele demitir o Moro, que acho que é o principal pilar do Governo Bolsonaro, já que a bandeira principal da campanha do candidato Bolsonaro era o combate à corrupção”, ressaltou o parlamentar. Ele disse que prefere aguardar o desenrolar da situação, mas torce para que tanto o ministro quanto o time dele permaneçam.

Já o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) acredita que a tensão já era prevista, após demissão do ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), na última semana. “Eu sabia que o Moro ia ser o próximo a ser demitido porque ele também saiu na pesquisa [Datafolha] na frente do presidente Bolsonaro”, argumentou.

Para ele, a questão é ainda mais crucial pelo motivo do desentendimento ser o indicado de Moro. “Esse delegado da Polícia Federal é tido como homem correto, e homem correto não fica com ele”, disparou contra o presidente. Dagoberto a credita que Moro acabará deixando o ministério. “Se é que ele tem algum tipo de dignidade ainda. E Bolsonaro vai ficar com uma equipe só de generais, é o regime militar instaurado dentro do processo democrático”, criticou.

Instabilidade

A senadora (MDB) disse que prefere não acreditar na possibilidade da saída de  Moro, devido à instabilidade política que ela criaria em meio à pior crise sanitária e econômica dos últimos 50 anos no Brasil. “Com a queda de Moro, Governo perde apoio popular de grande parte da sociedade que tem no combate à corrupção e ao crime organizado sua principal bandeira”, adiantou a senadora sul-mato-grossense.

O deputado federal (PT) não poupou críticas ao ministro e afirmou que ele foi instrumento para a chegada de Bolsonaro ao poder. “Ao invés de atuar como juiz, o Sergio Moro agiu de forma política nos casos envolvendo o Lula. Vazou informações, ignorou a ausência de provas, cerceou a defesa, ajudou na construção das acusações etc. Tudo isso já está comprovado através das reportagens do Intercept”, relembrou o petista.

Na avaliação dele, após chegar à Presidência, Bolsonaro continuou ‘usando’ Moro a seu favor, mas faz isso só enquanto for conveniente. “É como quem chupa uma laranja: chega uma hora em que não tem mais valor, então se descarta”, comparou, afirmando que o presidente tem ‘desdenhado do seu ministro da Justiça’ já há algum tempo. Por fim, o deputado disse acreditar que Moro percebeu que o governo ‘está afundando e não quer afundar junto, pois isso prejudicaria os planos dele para as eleições que deseja disputar’.

Já o deputado federal Fábio Trad (PSD) preferiu se manifestar sobre o assunto somente após seu desfecho. O restante da bancada federal de MS não respondeu aos questionamentos até a publicação desta matéria.

Matéria alterada às 15h42 para acréscimo do posicionamento de alguns parlamentares.

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