´Não existe uma única receita de bolo´: Mandetta anuncia que irá rever fórmula do Mais Médicos
Com Aliny Mary Dias, enviada especial à Basília. Após tomar posse, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, abordou um tema espinhoso durante o período de transição de governo, a Atenção Básica de Saúde e, consequentemente, o Programa Mais Médicos. Ele voltou a criticar a formula com que ele foi conduzido, pois para ele foi […]
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Com Aliny Mary Dias, enviada especial à Basília.
Após tomar posse, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, abordou um tema espinhoso durante o período de transição de governo, a Atenção Básica de Saúde e, consequentemente, o Programa Mais Médicos. Ele voltou a criticar a formula com que ele foi conduzido, pois para ele foi feito por meio de improvisações.
A declaração foi feita em um coletiva a imprensa. Além do tema, ele também anunciou o tamanho da pasta. Também durante a transição ele declarou que ela seria reduzida, no entanto, o órgão terá apenas uma secretaria a menos do que a estrutura adotada no Governo Temer. A pasta que será extinta é a da Secretaria de Gestão Participativa.
Segundo o ministro, a medida possibilitará a criação da autarquia federal da Atenção Básica. “Para resolver um possível déficit nesta área, precisamos saber com o governo anterior qual a situação de inscrições e contratações hoje. Após isso, nós teremos que desenvolver algumas medidas estruturantes. Por exemplo, no Parque Nacional do Xingú, talvez não precisamos de uma carreira local. Podemos fazer com que um profissional fique 15 dias, volte, outro fique mais 15 dias, e assim consequentemente. São diferentes ‘brasis’, pois não existem apenas uma receito de bolo para todo o território Nacional”, projetou.
Ele falou ainda que essa estruturação passa por uma revisão no Mais Médicos. “Quando ele foi feito, foi passada a falsa impressão de que no país não existia profissionais da área da medicina. Hoje nós temos 320 faculdades de medicina, só neste ano se formarão 26 mil novos médicos, queremos aumentar esse percentual em quase 10% ao ano e, dessa forma, teremos quase 45 mil profissionais a mais nos próximos anos. Muitos deles são qualificados, graduados pelos FIES e outros pelas faculdades públicas brasileiras”, disse.
E complementou dizendo, “hoje não temos nenhuma política de indução desses profissionais ao SUS (Sistema Único de Saúde). Outro ponto, por exemplo, no primeiro edital do programa, a cidade que teve as vagas concluídas mais rápido foi Brasília. Nós temos cidades com IDH (Índice de Desenvolvimento Econômico) evoluído, com deslocamento fácil e, mesmo assim, havia 56 médicos estrangeiros, como Ponta Grossa (PR). Devemos rever essa formula para que possamos levá-los os brasileiros para os rincões do país primeiro e, posteriormente, as áreas menos vulneráveis”.
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