O prefeito (PSD) lamentou Campo Grande ter ficado de fora das emendas que destinam recursos da União para Mato Grosso do Sul. Para o chefe do Paço Municipal, a disputa eleitoral de 2020 pode ter influência nesta decisão.

“Evidentemente, a partir do momento que aproximam-se as eleições, cada um tem um interesse. Coletivamente é um discurso, individualmente é uma ação. Por isso, sou contra reeleição. Todos os que querem chegar a prefeitura jamais vão ajudar o gestor que declaradamente busca a reeleição”, disparou Marquinhos neste sábado (29), durante convenção do PSB.

Na última quarta-feira (26), a bancada federal do Estado definiu as três emendas a serem incluídas no anexo de metas e prioridades da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) 2020, que tramita no Senado Federal. A definição foi feita em reunião no gabinete do senador (PSD) em Brasília (DF).

A bancada de MS escolheu destinar investimentos para o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), para o desassoreamento do Rio Taquari e para o Corredor Bioceânico.

Marquinhos pareceu estar conformado com essa decisão. “A gente lamenta, mas é uma decisão dos congressistas, os 3 senadores e os 8 deputados federais. As emendas deles eu não tenho como recorrer. Quem recorre é a população. Mas deus vai mandar de outro caminho”.

Sem privilégios

Em nota, o coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul, senador Nelsinho Trad, afirma que os projetos prioritários abordados durante a reunião da bancada federal foram elaborados por técnicos da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). E que os parlamentares “elegeram democraticamente” os projetos considerados estratégicos para MS, sem privilegiar qualquer cidade.

“Mesmo que os deputados federais e senadores quisessem contemplar uma cidade específica, as regras para elaboração das emendas que serão anexadas à Lei de Diretrizes Orçamentárias não permitem, e nem mesmo o sistema eletrônico de elaboração das emendas admite a inclusão do localizador do gasto”, explica Nelsinho.

O coordenador da bancada federal argumenta que os projetos selecionados contemplam grandes projetos de infraestrutura, como ferrovias e rodovias, sistema de segurança, e ações para preservação do Pantanal.