O governo do Estado informou nesta segunda-feira (19) que se não fossem os recursos, o concurso da Polícia Civil já deveria estar nomeando os candidatos em dezembro. “Nós tínhamos um cronograma, mas os recursos atrasaram. É um direito dos que se sentem prejudicados, mas a Justiça tem dado decisões favoráveis ao governo”, disse o secretário estadual de Administração Carlos Alberto de Assis.

Na última semana, o desembargador Nélio Stábile concedeu a tutela de urgência antecipada para determinar o prosseguimento do concurso. Para o desembargador, não foi a prova que vazou, mas sim o texto digitado pela concorrente, que tinha 147 erros, quando o concurso limitava a aptidão do candidato ao cometimento de apenas 20.

“Até porque, a prova de digitação refere-se ao conhecimento do candidato nas técnicas de digitação, sua habilidade em digitar, simplesmente. Não se tratava de avaliação de conteúdo ou conhecimento. Repito, a prova visava a avaliação prática de digitação, o que dependia exclusivamente do candidato, nada mais. E, para tanto, irrelevante qual o texto ou página que seria digitado, bem como irrelevante, em termos, se alguém tivesse ou não prévia ciência de tal texto”, relata na decisão.

Prosseguimento

A administração ainda não foi notificada oficialmente da decisão, mas deve acatá-la. “Estamos tranquilos. Nós fizemos nesta gestão os maiores concursos já realizados em mais de 40 ano de governo. São poucos problemas”, comentou Assis.