“É um escândalo”, diz Lindbergh sobre apoio do PT a líderes pró-impeachment
Líder da oposição reagiu em um vídeo divulgado no Facebook
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Líder da oposição reagiu em um vídeo divulgado no Facebook
Lidbergh Farias (PT-RJ) – líder da oposição no Senado – reagiu de forma dura à decisão tomada nessa sexta-feira (20) pelo diretório nacional do PT. O partido decidiu apoiar parlamentares pró-impeachment na disputa às presidências da Câmara e do Senado. A votação interna ganhou por por 45 votos a 30 e a cúpula autorizou o presidente do partido, Rui Falcão, a negociar com os deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Jovair Arantes (PTB-GO), que concorrem na Câmara, e o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), candidato no Senado. As informações são do Congresso em Foco.
“É um cretinismo parlamentar. É quando um parlamentar de esquerda, que está no Parlamento há muito tempo, começa a achar que tudo é Parlamento, que o mundo é Parlamento. Fora, você tem movimentos sociais. Precisamos entrar 2017 com sangue nos olhos, pedindo diretas já, defendendo Lula”, criticou.
Lidbergh divulgoi um vídeo em seu perfil do Facebook, em que chama de “escândalo” e “cretinice parlamentar”. Ele chamou a decisão do diretório de uma “chapa golpista” e conclamou a militância do PT e de esquerda a pressionar as bancadas do partido na Câmara e no Senado a desistirem da ideia.
“É um escândalo, um erro brutal. Uma decisão descolada da realidade, sem consonância com a militância do partido e da esquerda em geral. É preciso muita pressão da militância para reverter esse absurdo”, criticou.
“Caberá à bancada na Câmara decidir apoiar Jovair, que foi relator do impeachment, ou Rodrigo Maia, do DEM. O partido resolveu apresentar uma pauta de reivindicação aos candidatos sob o argumento de que a presença na Mesa é fundamental para não perder espaço político na condução da pauta do Congresso”, afirma o Congresso.
Conforme o Congresso em Foco, no Senado, a bancada do PT, tem apenas Lindbergh e Gleisi Hoffmann (PR) contrários à aliança com Eunício, até agora candidato único. “O senador negocia com o PT a vaga para a primeira-secretaria, espécie de prefeitura da Casa”, complementa o site.
“Não vale a pena por um espaço pequeno ter um desgaste deste tamanho. Ninguém pensou na militância, na base o partido. Se tivessem escutado, 95% da base seriam contra apoiar Rodrigo Maia e Eunício Oliveira”, declarou o político.
Lindbergh ainda rebateu que a presença na Mesa é importante para garantir espaço nas decisões da Casa: “Dizem que a Mesa define a pauta. É mentira. Quem define é o presidente, às vezes ouvindo o colégio de líderes”, disse.
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