Deputados cobram solução para questão financeira do Hospital Santa Casa

Para eles, entidade é um “saco sem fundo”

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Para eles, entidade é um “saco sem fundo”

Os deputados estaduais cobraram uma solução para resolver a questão financeira do Hospital Santa Casa, a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande). Quem iniciou o debate na tribuna foi o parlamentar Mauricio Picarelli, do PSDB e ele questionou o caráter filantrópico do local.

“Afinal, se é filantrópico, o hospital recebe recursos do Município, do Estado e do Governo Federal, mas sempre está com o ‘pires na mão’, fazendo chantagens e ameaças de fechar as portas. Isso não se faz com a população”, afirmou.

Segundo ele, há denúncias de que neurocirurgiões estariam sem receber salários há três meses e outros profissionais seriam “fantasmas”, recebendo sem cumprir plantões, entre outras irregularidades. “Hoje, mesmo com um total de R$ 136 milhões a mais [em repasses e valores de contratualização, a Santa Casa continua sendo um ‘saco sem fundo’, mas o que falta mesmo é gestão”, analisou.

Deputado Paulo Siufi, do PMDB defendeu análise rigorosa das contas do hospital e investigação das denúncias divulgadas na imprensa. “Vamos verificar os números, porque disseram que a contratualização não é feita há quatro anos”, informou.

Para Onevan de Matos, seriam necessários “recursos infinitos” ao hospital, já que os valores recebidos do Sistema Único de Saúde (SUS) são insuficientes para garantir atendimento de qualidade à população. “O SUS repassa um valor de miséria para a Santa Casa, que precisa custear tratamentos de milhares de reais, e quem paga a diferença? Não há reajustes na contratualização, mas tudo aumenta e as demandas também”, ponderou.

 

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