VÍDEO: Puccinelli admite que carrega ‘pecha de ladrão’ e quer largar política

“Vão revistar até a cueca” disse ex-governador

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“Vão revistar até a cueca” disse ex-governador

Alvo do nova fase ‘Fazendas de Lama’, nova etapa da Operação Lama Asfáltica, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) voltou a afirmar, na sede da PF, que não cometeu irregularidades em seu governo, mas admitiu que carrega uma fama nada agradável.

“Hoje em dia não compensa ser agente, você não rouba e fica com pecha de ladrão, o povo não te respeita mais. Um doido adversário acha que pode te xingar, você na rua com filho, filha com o neto”, disparou o peemedebista.

Puccinelli também disse que não será mais candidato a cargo político. “Não tenho foro privilegiado. Vão vistoriar até a cueca”, frisou André. Segundo ele, todas as informações referentes às suas contas pessoas foram entregues ao Ministério Público entre os anos que comandou Mato Grosso do Sul (2007 a 2014).

O ex-governador afirmou ainda que não sabia o motivo que levou à ação de busca e apreensão de documentos em seu apartamento, na manhã desta terça-feira (10).  Homens da Polícia Federal e da Receita Federal passaram duas horas em sua casa e sairam com malotes do local.

Primeiro, a Polícia passou duas horas no apartamento de Puccinelli e saiu de lá com um malote. Trinta minutos depois, sete homens da Receita Federal deixaram o local com outro malote.

 O ex-governador insiste que já teve as contas vistoriadas por mais de “oito mil vezes” pelas investigações, assim como as declarações de bens. Ele afirma que está no local “buscando informações”. Logo após Puccinelli entrar no prédio, chegaram mais policiais federais com diversos malotes.

Operação

A Polícia deflagrou a segunda fase da Operação Lama Asfáltica – Fazendas de Lama, em conjunto com a Controladoria Geral da União e Receita investigam mais de R$ 2 bilhões em contratos do governo com empresários.

Com um efetivo de 201 policiais federais, 28 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária, bem como 24 mandados de sequestro de bens de investigados. As medidas estão sendo cumpridas nos municípios de Campo Grande/MS, Rio Negro/MS, Curitiba/PR, Maringá/PR, Presidente Prudente/SP e Tanabi/SP.

As investigações s em referência a procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.

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