Grupo também pedia andamento da operação Cofee Break
Manifestantes protestaram nesta manhã de terça-feira (10) na Câmara dos Vereadores de Campo Grande. Segundo a estudante Camila Jara, de 21 anos, integrante do movimento Juventude Frente Popular, o grupo pede uma maior apuração na Operação Coffe Break e a cassação de Roberto Durães (PSC). Os manifestantes levantavam cartazes pedindo o respeito às mulheres, ironizavam os vereadores servindo café e deram gritos de ordem de que “desculpa não, eu quero é cassação”.
Em represália aos manifestantes, Rocha suprimiu a fala livre do dia, que seria utilizada para ler uma moção de repúdio elaborada pelo grupo contra Durães. Diante disso, a vereadora Luíza Ribeiro (PPS), disse estar emocionada com o “Câmara de Vereadores estar tornando a vida das mulheres mais difícil”, e fez um apelo para que pudesse falar em favor dos grupos que protestavam no plenário. A vereadora Magali Picarelli (PSDB) e Alex do PT demonstraram apoio à Luíza Ribeiro.
Diante das manifestações das vereadores, o presidente da Câmara decidiu conceder sete minutos de fala para que Luíza pudesse dar sua palavra. Em seu discurso, a vereadora chamou Durães de “covarde” por se ausentar da sessão, e repudiou a fala do vereador do PSC, reforçando que “tem certos comportamentos que não cabem desculpas”.
Roberto Durães, na última terça-feira (3), fez um discurso polêmico na Câmara dos Vereadores, ofendendo a mãe do prefeito Alcides Bernal ao dizer que teria conhecido-a “no silêncio dos edredons”. Pelo discurso, o vereador fez um pedido de desculpas que não foi bem aceito pelos manifestantes e pelo prefeito. O presidente da Câmara entretanto, disse na ocasião que com as desculpas “já estaria jogada areia naquela situação”.
Após a fala de Luíza, João Rocha retrocedeu, permitindo inclusive que o vereador Alex do PT lesse a moção de repúdio à Durães elaborada pelos manifestantes. O presidente da Câmara chegou a elogiar a fala de Luíza, dizendo que a vereadora “teve prioridade perante a tribuna, mostrando um comportamento que todos parlamentares deveriam adotar”. Sobre a cassação do vereador do PSC, Rocha se limitou a dizer que “desde o início a Casa tem seguido todos os ritos que determinam o regimento interno e a lei orgânica”. Veja o vídeo: