Relator do processo que pode cassar Delcídio aciona CNJ contra Moro

Ao todo, 14 senadores querem punição ao juiz

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Ao todo, 14 senadores querem punição ao juiz

Apesar ter apresentado voto favorável à cassação do senador Delcídio do Amaral (sem partido), o senador de Roraima Telmário Mota (PDT) integra a lista de aliados do governo insatisfeitos com a postura do juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.

O pedetista demonstra ainda um significativo apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff, já que seu próprio partido estuda deixar a base aliada. Além dele, outros 13 senadores, a maioria do PT, assinaram a petição ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para abertura do processo disciplinar contra Moro.Relator do processo que pode cassar Delcídio aciona CNJ contra Moro

Como justificativa, o grupo formado por Ângela Portela (PT-RR), Donizeti Nogueira (PT-TO), Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffman (PT-PR), Jorge Viana (PT-AC), José Pimentel (PT-CE), Lídice Da Mata (PSB-BA), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Rocha (PT-PA), Humberto Costa (PT-PE), Roberto Requião (PMDB-PR), Telmário Mota (PDT-RR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), questiona a divulgação dos grampos telefônicos que envolveram o ex-presidente Lula e Dilma.

No documento entregue ao Conselho, os parlamentares, que ressaltam a importância das investigações, argumentam que a Lava Jato tem sido conduzida de forma ‘midiática e espetacularizada’.

“O juiz que a conduz mostra-se seduzido pela fama e faz um diálogo com o segmento social insatisfeito com o governo federal não no sentido de esclarecê-lo e acalmar os ânimos, mas ao oposto. Seus atos tendem a incitar a população à subversão da ordem política e social. E o grave é que não encontra mais os limites das leis e da Constituição Federal como parâmetros”, diz a petição.

Os senadores acreditam que a divulgação do telefonem expôs a presidente a uma ‘situação absurda’, no momento que precisa a posse de Lula à Casa Civil. Para eles, o magistrado ‘sabia sabia que cometia um crime. Tomou, nada obstante, uma atitude política, em nome de um desejo de realizar o fim pretendido de evitar que o ato administrativo de posse do indicado ao cargo se efetivasse”.

Ao CNJ a petição requer aplicação de medidas disciplinares previstas na Lomam (Lei Orgânica da Magistratura), que vão desde uma advertência até aposentadoria compulsória ou demissão.

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