Governador reclama de abandono da fronteira por parte da União

Ele afirmou que essa realidade abre espaço para facções

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Ele afirmou que essa realidade abre espaço para facções

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), comentou em agenda pública na manhã desta quinta-feira (16) sobre o ocorrido na cidade de Paranhos recentemente, fronteira com o Paraguai, o que ocasionou com a morte de um policial. Ele reclamou do abandono nas áreas fronteiriças por parte do Governo Federal. Segundo o chefe do executivo, esse descaso abre espaço para fatos como dessa quarta-feira, em que Pedro Juan Caballero se tornou um local de guerra e um homem foi assassinado

De acordo com Azambuja, o governo está fazendo todo um trabalho sobre casos como este. “N[os estamos fazendo todo um trabalho, toda a nossa equipe, nosso delegado geral, a equipe de inteligência, especificamente na questão de Paranhos, na morte de um policial civil e daquela região. A questão de ontem está muito ligada ali ao narcotráfico, ao tráfico internacional”.

O governador reclama do abandono da União com a região de fronteira. “Vocês tem acompanhado o governo desde o primeiro dia, onde temos cobrado a presença das forças federais na fronteira. Nós temos praticamente um abandono por parte do governo federal nas fronteiras no Brasil. Isso é muito grave, muito sério. Quando há esse abandono você começa a ter esse espaço ocupado por essas milícias, essas facções como vimos ali na região de Ponta Porã ontem, la dentro de uma cidade vizinha, uma guerra aberta entre o tráfico e os traficantes”.

Ainda de acordo com Reinaldo Azambuja ações como estas podem ser coibidas com a presença das Forças Nacionais. “Precisa ser coibido com a presença de Forças Federais. Qualquer país do mundo cuida de suas fronteiras e infelizmente aqui esse trabalho está sendo feito muito pelas forças estaduais. Nós não vamos nos omitir de cumprir o nosso papel da parceria com a segurança pública. Agora é necessário uma atenção do Governo Federal nessa questão se não esse espaço começa a ser ocupado por essas facções e isso acaba gerando uma série de problemas”, concluiu o governador.

Morte em Pedro Juan

Por volta das 19h dessa quarta-feira (15), ao sair de seu escritório em Pedro Juan Caballero, Jorge Rafaat Toumani foi atacado por um grupo de pessoas armadas com fuzis AK 47, Mag antiaérea e metralhadoras. Os suspeitos estariam em três veículos.

Rafaat teve morte instantânea após ser atingido por 16 disparos de armas de fogo de grosso calibre, dos quais 8 transfixaram o corpo. O médico-legista que esteve no local deu informações à rádio ABC Cardinal e afirmou que o empresário não teve chance de reagir.

No local, além de centenas de capsulas de projéteis, a polícia também encontrou armas de grosso calibre, que furaram a blindagem do Jipe Hummer ocupado por Rafaat. Várias outras pessoas teriam ficado feridas, dentre elas um policial identificado como Jorge Espindola. Também há informação de que seguranças de Rafaat teriam morrido durante o tiroteio, que durou mais de 20 minutos.

 

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