Visita de Dilma traz à tona mágoas de um passado recente em Mato Grosso do Sul

Presidente pode colocar Azambuja e Delcídio frente a frente após a eleição

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Presidente pode colocar Azambuja e Delcídio frente a frente após a eleição

A visita da presidente Dilma Rousseff (PT) nesta terça-feira (3) em Mato Grosso do Sul, para inauguração da Casa da Mulher Brasileira, vai trazer à tona recordações não muito boas para o governador eleito, Reinaldo Azambuja (PSDB) e para o candidato derrotado, Delcídio do Amaral (PT).

No caso de Reinaldo Azambuja a visita é triste porque o fará lembrar do resultado da eleição, quando Dilma deixou Aécio Neves (PSDB) para trás. Azambuja chegou a adiar a comemoração da vitória dele no Estado para aguardar o resultado da apuração nacional, mas acabou ficando com o grito preso na garganta.

Sem o PSDB na presidência, Azambuja agora tenta uma aproximação com a presidente. Nas últimas entrevistas ele elogiou o discurso dela, ainda na posse, quando pediu união. Ele fez questão de dizer que não deixará de ser PSDB e nem ela PT, mas que ambos precisam ajudar o Estado.

Se Azambuja deve enfrentar constrangimento, pior é o caso de Delcídio. Ele deve ficar cara a cara hoje, pela primeira vez após a eleição, com o ex-aliado e agora algoz. O pior de tudo é que, se for ao evento, Delcídio vai recepcionar quem foi uma das principais responsáveis por melar a parceria dele com Azambuja, a presidente Dilma Rousseff. O PT proibiu Delcídio de fechar com Azambuja e o petista acabou enfrentando Nelsinho Trad (PMDB) e o PSDB, ficando para trás no segundo turno.

A presidente Dilma também não deve escapar de constrangimento. Ela não venceu a eleição no Estado e, tal como da outra vez que esteve em Mato Grosso do Sul, na única vez como presidente, ela deve enfrentar vaias. Na outra oportunidade o protesto era liderado por produtores rurais. Desta vez, pelo menos até o momento, o protesto é contra a carga tributária do País.

O diretório estadual do PT chegou a avaliar a possibilidade de cancelar a visita da presidente, temendo os protestos. Porém, ela fez questão de vir, alegando que a esta será a primeira Casa da Mulher Brasileira, projeto considerado fundamental na gestão dela. A previsão é de que Dilma desembarque em Campo Grande por volta das 9 horas e retorne às 11 horas da manhã. 

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