Valor a ser devolvido ao Ministério da Saúde é de R$ 14 milhões

A ideia frustrada de comprar um sistema de informática capaz de gerenciar o agendamento de consultas em postos de saúde custou, até o momento, pelo menos R$ 22 milhões aos cofres da Prefeitura de Campo Grande. Além do valor já pago à empresa contratada para o serviço, o Município terá de devolver R$ 14 milhões ao Ministério da Saúde.

O valor da dívida foi revelado nesta manhã pelo secretário municipal de Saúde, Jamal Salem, que visita a Câmara Municipal. Ele é maior que os R$ 8,2 milhões brutos pago à empresa e pedidos pelo órgão federal porque, conforme o chefe da Sesau, inclui juros e correções.

Ou seja, além de ter pago o montante milionário à Telemídia, empresa que nunca colocou efetivamente o (Gerenciamento de Informações Integradas da Saúde), a Prefeitura tem que devolver o valor corrigido ao governo federal. “Sempre que paga é a população”, constata o líder do prefeito na Câmara, Edil Albuquerque (PMDB).

Até agora, a Prefeitura devolveu ao Ministério da Saúde R$ 1,5 milhão que, segundo Jamal, é um resto de verba do contrato do Gisa. Agora, há negociação para o pagamento do restante – o Município quer pagar em 60 vezes, enquanto a União quer em no máximo 30.

Para pelo menos amenizar o rombo no orçamento, a Prefeitura promete cobrar a identificação dos responsáveis. Segundo Jamal, em um primeiro momento não haverá ação judicial contra o ex-prefeito (PMDB) e o atual deputado federal (DEM), então secretário da Sesau na época da contratação do Gisa, no entanto será pedido ao MPF (Ministério Público Federal) que identifique quem causou o problema para, depois, analisar as medidas necessárias.