Comissão Processante conclui não haver motivos para cassar Olarte

Relatório ‘sigiloso’ deve ser votado em plenário nesta semana

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Relatório ‘sigiloso’ deve ser votado em plenário nesta semana

A Comissão Processante contra o vice-prefeito afastado do cargo de prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), concluiu não haver motivos para cassá-lo. O relatório, oficialmente mantido sob sigilo, deve ser submetido ao plenário já na terça-feira (10).

O entendimento da processante é de que Olarte está sendo respondendo por crime ainda em fase processual, não cabendo à Câmara retirá-lo do cargo por isso, conforme informações às quais a reportagem teve acesso. Os detalhes, no entanto, ainda não foram revelados.

A comissão foi instituída em agosto, após o TJ (Tribunal de Justiça) acatar denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra o vice-prefeito, tornando-o réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A ação resulta da Operação Adna, a qual apurou, em síntese, que Olarte e assessores próximos prometeram vantagens indevidas em troca de empréstimos com agiotas.

A conclusão da Comissão Processante, formada por três vereadores, será levada ao plenário. Os demais parlamentares têm o poder de manter o entendimento ou ir contra o relatório, ou seja, decidir que o processo no âmbito do legislativo deve prosseguir.

Mais cedo, o presidente da processante, vereador João Rocha (PSDB), disse que espera reações adversas. “Qualquer decisão resultará em críticas. Mas, não podemos inventar a roda, fizemos tudo dentro do que realmente existe”.