Bancada do PT cogita boicote à CPI que investigará conselho indigenista

‘Não vamos deixar de investigar por isso’, diz presidente

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‘Não vamos deixar de investigar por isso’, diz presidente

A bancada do PT na Assembleia Legislativa cogita boicotar a CPI do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), investigação aberta para investigar denúncias de que a entidade teria financiado e incitado invasões de terra por parte de indígenas em Mato Grosso do Sul. Dois dos cinco membros da comissão foram indicados na manhã desta terça-feira (22).

Pelo bloco parlamentar, foram confirmadas as indicações de Mara Caseiro (PTdoB), autora do requerimento da investigação, e Paulo Corrêa (PR), como suplente. O PSDB indicou Onevan de Matos para titular, com Angelo Guerreiro para substituí-lo, e o PMDB deixou para fazer a indicação nas próximas horas.

Ficou a pendência do PT, que desde o começo da discussão se demonstra contra a CPI. “O partido está inclinado a não fazer indicação”, disse Amarildo Cruz, mesma opinião emitida por Pedro Kemp.

Se confirmado o boicote dos petistas à CPI do Cimi, a mesa diretora da casa deve se reunir para decidir o que fazer, segundo explica o presidente do Legislativo estadual, Junior Mochi (PMDB). “Não vamos deixar de instaurar a investigação pro isso”, salientou o peemedebista.

Em princípio, conforme divulga a Assembleia Legislativa, a CPI tem até cinco sessões para definir os postos de presidente, vice-presidente e relator do colegiado. Os trabalhos deverão ser concluídos em 120 dias, prazo que pode ser esticado por mais 60 dias, caso aprovado em plenário.

Na noite de segunda (21), o Cimi, ligado à Igreja Católica, divulgou nota lamentando a abertura da CPI. Classificou a ideia da investigação como “estratégia de ataques ruralistas aos povos indígenas e seus aliados”.

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