PSDB nega estar na base de Bernal e diz que propostas de Reinaldo foram deixadas de lado

O presidente regional do PSDB, deputado estadual Márcio Monteiro, declarou na manhã desta terça-feira (1) que teve uma conversa recente com o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), mas que não há nenhum comprometimento entre os partidos. Sobre as afirmações de Bernal de que os tucanos integrariam sua base de apoio, Monteiro foi taxativo em dizer que ‘não tem nada disso’.

De acordo com Monteiro, houve uma conversa rápida com o prefeito, mas dela não saiu nenhum compromisso do partido com a gestão de Bernal. “Não há comprometimento com relação a participar da base de apoio dele (Bernal) ou qualquer compromisso firmado com a gestão. Para ter o PSDB ele precisa acolher nossas propostas de governo”, frisou.

O deputado explica que na época da campanha, quando Reinaldo Azambuja apoiou Bernal no segundo turno, havia uma promessa de encampar algumas propostas do plano de governo do tucano, mas isso não aconteceu.

O prefeito deu declarações à imprensa afirmando que tinha o PSDB como aliado e na base de sua administração, devido aos secretários Leila Machado na pasta do esporte e José Chadid na educação. Entretanto, ambos os secretários estão sofrendo processos de expulsão do partido por conta de estarem trabalhando na administração do PP, sem anuência do partido.

Conforme Monteiro, já foi colocado insistentemente ao prefeito que as duas secretarias que hoje têm filiados do PSDB é com decisão única e exclusiva de Bernal. “Isso o prefeito e os secretários sabem e ninguém faz cerimônia de dizer. São membros do partido, porém sem nenhum compromisso ou vinculação partidária”, disse.

Questionado se há possibilidade de o partido rever a cassação dos secretário, Monteiro foi incisivo. “Não me intrometo nas questões municipais. Acontece que o nosso estatuto prevê que todo filiado que exercer função de chefia em gestão, tem que ter anuência do partido, o que não houve. Não teve nem comunicação previa, nem anuência. O que houve foi uma desconsideração ao estatuto. Não é nada contra os secretários, mas é preciso disciplina dentro de um partido político”, finalizou.