Policiais afirmam que Puccinelli quer ‘enfiar’ reajuste goela abaixo e protestam na Assembleia

Cerca de 200 policiais civis compareceram à Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (15) para protestar e pedir apoio aos deputados estaduais. Eles alegam que o governador André Puccinelli (PMDB) quer “enfiar” um reajuste salarial de 7% goela abaixo, além de extinguir a categoria inicial da Polícia Civil. Segundo Alexandre Barbosa da Silva, presidente do […]

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Cerca de 200 policiais civis compareceram à Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (15) para protestar e pedir apoio aos deputados estaduais. Eles alegam que o governador André Puccinelli (PMDB) quer “enfiar” um reajuste salarial de 7% goela abaixo, além de extinguir a categoria inicial da Polícia Civil.

Segundo Alexandre Barbosa da Silva, presidente do Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), o governador quer acabar com a categoria inicial da Polícia Civil que ele mesmo criou em 2009.

Barbosa conta que, com a proposta de reajuste de 7%, a categoria inicial teria 27% de aumento. “Por isso, ele [Puccinelli] disse que pegaria os 70 policiais dessa categoria e os promoveriam à categoria seguinte. Com isso, os salários deles subiriam de R$ 2.300 para R$ 2.800”, explica.

Os demais 2.130 policiais civis, de outras categorias, receberiam apenas o 7% de aumento, no salário inicial de R$ 2.800, já em maio, que é a data base de reajuste da categoria.

Junto ao projeto de reajuste salarial da categoria, Puccinelli afirmou que vai enviar à Casa de Leis um projeto para extinguir a categoria inicial da Polícia Civil, afirmou barbosa. Os documentos devem chegar à Assembleia na próxima sexta-feira (17).

Para o deputado Cabo Almi (PT), que é presidente da Comissão de Segurança da Assembleia, a interlocução com o governo já é realizada pelos parlamentares.

“Inicialmente, o governo falou que já avançou no que dava. Mas eu tenho esperança que, entre hoje e amanhã, possa vir uma sinalização do governador para evitar a greve de sexta”, comenta Cabo Almi.

Já o líder do PMDB na Casa, deputado Eduardo Rocha, falou que o governo está aberto a negociar. “Mas está difícil avançar na proposta de reajuste”, acredita.

Eduardo ainda garantiu que o governador pretende melhorar em “alguns itens” a situação dos policiais civis. Entre eles, melhorias nos planos de cargos e carreiras, além de outros benefícios para algumas categorias.

Protesto

Na Assembleia, munidos de faixas e cartazes, centenas de policiais pressionam a classe política. Eles defendem um aumento de 25% nos salários de todo o efetivo. Como governador não ofereceu metade do desejado, os policiais defendem um meio termo.

“O governador fala que está aberto para chegar ao meio termo. Ele está aberto, mas não arreda o pé dos 7%”, atacou Barbosa.

O presidente do sindicato também afirmou que a greve, agendada para a próxima sexta-feira (17), está mantida. Ele acredita que o projeto de Puccinelli deve ser votado pelos deputados estaduais na semana que vem, já que é o prazo final para o fechamento da folha de pagamentos.

Condições precárias de trabalho

As condições de trabalho enfrentadas pelos policiais também entraram na pauta do protesto. Eles reivindicam melhores ambientes de trabalho e reclamam da defasagem de 1.200 policiais no Estado.

Barbosa ainda afirma que delegacias de todo o Estado estão em situação precárias e com paredes caindo. Os pneus das viaturas, por exemplo, ou estão carecas ou não estão nos veículos, afirma o sindicato.

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