PMDB reprova candidatura em Dourados e confirma abandono de Puccinelli a Marçal

Em convenção, 42 peemedebistas votaram a favor da continuidade da aliança com Murilo e apenas 11 a favor da pré-candidatura de Marçal, que não contava com o empenho do governador na busca por aliados

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Em convenção, 42 peemedebistas votaram a favor da continuidade da aliança com Murilo e apenas 11 a favor da pré-candidatura de Marçal, que não contava com o empenho do governador na busca por aliados

Em convenção na manhã desta sexta-feira (29), o PMDB desistiu de lançar candidato à sucessão da Prefeitura de Dourados, segundo maior colégio eleitoral do Estado. Dos 54 convencionais presentes no encontro, 42 votaram contra a candidatura do deputado federal Marçal Filho (PMDB) e a favor da continuidade da aliança com o prefeito Murilo Zauith (PSB).

Indignado, Marçal disse que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber se pode deixar o partido. Ele se mostrou revoltado com a decisão dos correligionários, que chegaram a assinar compromisso em apoio à sua pré-candidatura. “Quem perdeu foi o PMDB, não eu”, desabafou.

Poucos antes da convenção, Marçal voltou a desmentir boatos de que não sairia candidato e reafirmou que agora “era a vez do PMDB”. A traição, no entanto, já era esperada por muitos, principalmente, levando em conta a proximidade do governador André Puccinelli (PMDB) com Murilo.

Recentemente, o deputado federal Geraldo Resende (PMDB) declarou que o governador teria abandonado o PMDB de Dourados, por não mover “uma palha” para atrair aliados à pré-candidatura de Marçal. Ele chegou a dizer que 5% do empenho de Puccinelli em favor da pré-candidatura do deputado federal Edson Giroto (PMDB) a prefeito da Capital seria suficiente para ajudar o PMDB a ganhar a eleição em Dourados.

O governador, por sua vez, alegou que os políticos do segundo maior colégio eleitoral do Estado sempre reclamaram da influência do “caciques de Campo Grande na política de Dourados” e que, por isso, deixaria a corrida por aliados nas mãos dos representantes da cidade.

Briga pela vice

Com a decisão de o PMDB apoiar Murilo, outro impasse deverá tumultuar a corrida eleitoral em Dourados. Trata-se da briga pela vaga de vice. O PT, atualmente no cargo, não aceita abrir mão do espaço para os peemedebistas. O prefeito, no entanto, ontem em reunião com líderes do partido, ignorou os petistas ao garantir que o PMDB ficaria com a vice, no caso de abrir mão do projeto de candidatura própria.

(Com Dourados Agora)

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