Siufi, possível candidato à prefeitura, diz que não aceita imposição dentro do PMDB
O presidente da Câmara de Campo Grande defende que o partido submeta a escolha do candidato a uma consulta. “Se for por imposição pessoal de qualquer um dos que hoje mantêm o controle do PMDB, não vou aceitar”.
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O presidente da Câmara de Campo Grande defende que o partido submeta a escolha do candidato a uma consulta. “Se for por imposição pessoal de qualquer um dos que hoje mantêm o controle do PMDB, não vou aceitar”.
A corrida eleitoral pela prefeitura de Campo Grande em 2012 já acirra os ânimos entre possíveis candidatos à sucessão de Nelson Trad Filho. O presidente da Câmara de Campo Grande, Paulo Siufi (PMDB), visto pela classe política como eventual pré-candidato, defende que o partido submeta a escolha do futuro candidato a uma consulta popular.
Em visita à sede do Midiamax nesta quarta-feira (3), Siufi adiantou que não vai admitir imposições na definição do candidato peemedebista. “Se for por imposição pessoal de qualquer um dos que hoje mantêm o controle do PMDB, aí não vou aceitar, e o PMDB pode me retirar. Sou uma pessoa democrática, mas não amorfo [sem opinião própria] nem insensível”, disse.
A opinião de Siufi reflete em parte o que ocorreu no PMDB estadual durante o primeiro turno eleitoral. O tratamento preferencial de lideranças peemedebistas a candidaturas de outras siglas – como o apoio ostensivo de André Puccinelli a Edson Giroto, do PR – teria deixado muita gente insatisfeita.
“Quando você auxilia candidatos de outros partidos, como aconteceu nas últimas eleições, isso deixa os candidatos do partido um pouco insatisfeitos. O PMDB tem que ser maior do que essas situações pessoais”, defendeu o vereador.
Para ele, o modelo de prévias aplicado pelo PMDB na disputa entre Waldemir Moka e Valter Pereira por uma vaga ao Senado fracassou. “De 11 mil filiados, 4 mil foram votar e isso não teve uma repercussão positiva”, explica o vereador. Pior do que isso foi a reação contra Valter Pereira, “um peemedebista histórico” – nas palavras de Siufi – que foi alijado do partido por apoiar Dilma Rousseff na corrida presidencial.
O vereador também foi um “dilmista” e sabe que a vitória da aliança PT-PMDB em nível nacional fortalece seu grupo que integra a cúpula regional da sigla. “Nosso município foi muito bem atendido pelo governo federal”, argumenta.
Siufi reconhece que seu partido deve passar por uma renovação interna sob o risco de ser derrotado nas próximas eleições municipais. Em 2012, Campo Grande terá atravessado 16 anos de administração do PMDB – duas gestões de André Puccinelli e duas de Nelson Trad Filho. A discussão em torno dos vários nomes do partido para suceder o atual prefeito deve ser “alinhavada” pelas lideranças, na opinião do vereador.
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