Presidente provisório do partido avalia que Loester Nunes não tem a menor chance de tomar o comando do partido. “Nem a chapa ele vai conseguir montar”, provoca.

Presidente provisório do diretório regional do PDT, João Leite Schimidt duvida que o grupo de oposição liderado pelo vereador de Campo Grande Loester Nunes consiga tomar o comando do partido no Estado.

Ligado ao deputado estadual Ary Rigo que foi deposto da presidência da sigla no ano passado, Loester quer montar uma chapa para concorrer à presidência do diretório regional nas eleições internas que devem ocorrer até 20 de abril.

Schimidt reiterou que vai convocar as eleições internas, mas afirma que não teme perder o partido para o grupo rival. “O PDT não é autoritário, é democrático. Ele [Loester] como qualquer filiado tem o direito de participar. Mas, montar uma chapa não é fácil e eu duvido que ele consiga”, avalia o dirigente.

O pedetista está no comando da legenda por indicação da Executiva nacional que interveio na sigla no ano passado. O mandato vence em 20 de abril e ele espera realizar as eleições um pouco antes de sua saída. O dirigente não menciona data e explica que precisa levar o assunto à Executiva Nacional da legenda.

Schimidt não vai concorrer ao pleito. Ele gostaria que o deputado federal responsável pela intervenção no PDT assumisse a responsabilidade e se candidatasse. Porém, Dagoberto não quer.

Diante da resistência do deputado, Schimidt já admite avaliar outros nomes de filiados do partido para encabeçar a chapa da situação. Na análise do dirigente, o grupo de Loester não tem qualquer chance de vitória na eleição interna.

“O nosso grupo tem o controle do diretório de Campo Grande, são 14 delegados. O Loester só tem o voto dele como vereador”, compara.

De fato, em entrevista ao Midiamax em 23 de janeiro, Loester reconheceu que o grupo de Schimidt e Dagoberto leva vantagem em Campo Grande. Porém, ele pretende conquistar o apoio dos 50 diretórios do eleitos antes da intervenção que segundo ele estariam sob o comando de filiados ligados a Rigo.

Já Schimidt acha que Loester não tem a vantagem que pensa no interior. “Ele não está lidando com principiantes, não. Em outras ocasiões, ele não conseguiu o que queria, imagina agora em situação adversa?”, questiona referindo-se ao fato de que hoje quem está no comando do partido não é mais Ary Rigo.

O dirigente avalia ainda que Loestes “só fala o que Rigo manda” e que, no fundo, a candidatura dele “é uma mera especulação” para obter espaço na mídia.

“O PDT é de quem ficou. Tem gente que fica sonhando a toa”, disse Schimidt.

Ary Rigo filou-se ao PSDB em outubro de 2009. Com ele, também deixaram a legenda, os deputados Onevan de Matos que também ingressou no PSDB e Ivan de Almeida que está no PRTB.

Rigo e Onevan enfrentam processo por infidelidade partidária. Já Ivan ficou livre de contestação já que não havia conquistado seu mandato pelo PDT, mas sim pelo PSB em 2006.