Casal que matou Ricardo no Colibri é condenado a penas que somam 43 anos de prisão

Carina e Rafael cumprirão penas que somam 43 anos de reclusão em regime fechado

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Júri do assassinato de Ricardo Ventura (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Carina Barbosa dos Santos e o esposo Rafael de Almeida Freitas foram condenados a 43 anos de prisão nesta quarta-feira (6), por homicídio qualificado e ocultação de cadáver contra Ricardo Ventura Barbosa. A dupla foi a julgamento nesta tarde em Campo Grande.

Carina foi condenada há 21 anos e 23 dias-multa, enquanto Rafael cumprirá 22 anos, quatro meses, dez dias e 25 dias-multa. Os dois cumprirão a pena em regime fechado. 

Além do casal, Flávio da Silva Siqueira também é acusado pelo crime, mas pediu ao juiz que eles não acompanhassem seu depoimento, o que foi aceito. Flávio relatou que estava sendo ameaçado pelo casal para que assumisse o crime. Então, ele teve o julgamento adiado pelo juiz Aluízio Pereira.

O crime

Ricardo foi assassinado em julho de 2020, no bairro Colibri. A denúncia aponta que o casal era dono de uma boca de fumo e tinha Flávio como segurança do local. Ricardo fazia algumas entregas de drogas para os autores, até que não devolveu o entorpecente, nem a motocicleta usada para o ‘serviço’.

A vítima foi assassinada com tiros e golpes de faca, depois teve o corpo carbonizado e enterrado.

Em depoimento o casal negou qualquer envolvimento com o crime. Disseram que conheciam a vítima, pois ela ia ao local usar droga, mas que não sabem quem o matou ou o motivo. Carina contou que estava grávida na época e a gravidez era de risco, por isso não saia de casa e precisava ficar de repouso. Disse ainda que o marido ficava com ela e os outros 5 filhos.

O casal disse que ficou sabendo da morte de Ricardo da boca da população e ainda descobriu que os dois estavam sendo acusados pelos próprios moradores. Carine e Rafael contaram que chegaram a emprestar dinheiro para Flávio, pois este iria contratar uma advogada para se apresentar na delegacia e assumir o crime.

Rafael também afirmou que estava em casa na época do crime. Disse que estava foragido há um ano e que por isso procurava ficar em casa, principalmente após as 20h.