Promotor executado na Colômbia também investigava ligação da máfia italiana com PCC

Marcelo Pecci teve reunião na Argentina em dezembro do ano passado

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Encontro aconteceu na Argentina (Foto: Reprodução/Twitter)

As investigações sobre ações da ‘Ndrangheta’, grupo da máfia italiana e do PCC (Primeiro Comando da Capital) sobre o tráfico de cocaína para a Europa passaram também pelo promotor Marcelo Pecci, que foi executado na terça-feira da semana passada (10) na Colômbia.

Em dezembro do ano passado, ele se encontrou com um representante da polícia italiana para tratar das ações envolvendo as duas organizações criminosas, conforme o Última Hora. A reunião foi registrada pelo próprio promotor em sua página no twitter.

“Encontrei-me em Buenos Aires com o adido da polícia italiana. Ratificamos ações conjuntas com o Ministério Público, como diretor exclusivo de investigações criminais no Paraguai, no caso de possível presença da máfia italiana em geral e da ‘Ndrangheta’, em particular”, postou Pecci.

De acordo com o Ministério Público do Paraguai, relatórios mais recentes mostram que os avanços da máfia calabresa em território paraguaio acontecem com a ajuda de membros do PCC que atuam em cidades da fronteira. 

Levantamentos da DEA (Agência de Inteligência Antidrogas) dos Estado Unidos apontam que a cocaína comercializada na Europa é administrada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em parceria com ‘Ndrangheta’, máfia italiana, com origem na Calábria.

Segundo investigações que estão sendo feitas desde 2019 e intensificadas há alguns meses pela polícia americana e também pelo comando tripartite, que envolve Brasil, Argentina e Paraguai, os representantes da máfia calabresa já estariam com bases instaladas em cidades paraguaias em regiões de fronteira.

Os relatórios de inteligência internacional revelam que a ‘Ndrangheta’ consegue a cocaína diretamente de fornecedores paraguaios e faz um outro contrato com o PCC para transferir a droga ao porto de Santos (Brasil) e de lá entrar no mercado europeu.

Os documentos que eles manejam nos EUA e na Itália, de acordo com informações das agências envolvidas nas investigações, confirmam que o contrabando de cigarros segue a mesma rota de drogas e recebe proteção do grupo de traficantes do PCC.

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