Policial acusado de integrar grupo de execuções é solto e terá que usar tornozoleira eletrônica em MS
O policial civil, Márcio Cavalcanti da Silva, de 66 anos, conhecido como “Márcio Corno”, preso na Operação Omertà, foi solto mediante fiança de R$ 12.120 (dez salários mínimos) e terá que usar tornozeleira eletrônica. A decisão publicada nesta quarta-feira (04), é do juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho. Além da […]
Diego Alves, Graziela Rezende –
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O policial civil, Márcio Cavalcanti da Silva, de 66 anos, conhecido como “Márcio Corno”, preso na Operação Omertà, foi solto mediante fiança de R$ 12.120 (dez salários mínimos) e terá que usar tornozeleira eletrônica.
A decisão publicada nesta quarta-feira (04), é do juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho. Além da tornozeleira, o policial civil deverá ficar afastado das funções de servidor público e terá que cumprir prisão domiciliar.
Cumprindo pena desde 2019, no Presídio Federal em Mossoró (RN), o policial civil foi preso com Jamil Name Filho, o ex-guarda municipal Rafael Antunes Vieira, e o policial civil aposentado, Vladenilson Daniel Olmedo. Todos os outros três também cumprem sentença no Rio Grande do Norte.
Os quatro foram presos após apreensão de um arsenal em maio de 2019, que deu início à Operação Omertà, que denunciou milícia armada apontada por execuções em Campo Grande. O policial civil foi apontado como gerente da organização criminosa, então ligada às execuções na Capital, entre outros crimes.
Em um dos processo a que responde, Márcio foi inocentado da acusação de posse ilegal de munições de uso irrestrito, por falta de provas. “Corno” também foi apontado por ser articulador de um plano, que não foi realizado, para atentar contra a vida do delegado do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), Fábio Peró.
Em sua defesa, Márcio, até então lotado na Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos), negou a acusação, diz ter trabalhado com o delegado e, por isso, inclusive era seu amigo pessoal.
Operação
Em setembro de 2019, foi deflagrada a Operação Omertá, que contou com 17 equipes do Garras, Gaeco e Batalhão de Choque da PM. Foram cumpridos 44 mandados na Capital, sendo 13 de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão. Jamil Name e Jamil Name Filho foram presos suspeitos de chefiar a milícia. A polícia apreendeu R$ 150 mil em posse do empresário Jamil Name.
Foram presos durante a operação 20 pessoas entre elas Name e Filho, bem como Elvis Elir Camargo Lima; Eronaldo Vieira da Silva; Euzébio de Jesus Araújo; Everaldo Monteiro de Assis; Frederico Maldonado Arruda; Igor Cunha de Souza; Luis Fernando da Fonseca; Rafael Carmo Peixoto Ribeiro; Rudney Machado Medeiros; além de Alcinei Arantes da Silva; Andrison Correia; Eltom Pedro de Almeida; Flávio Narciso Morais da Silva, Marcelo Rios; Márcio Cavalcanti da Silva; Rafael Antunes Vieira; Robert Vítor Kopetski, Vladenilson Daniel Olmedo.
Apreensão do arsenal
Em maio de 2019 a apreensão do arsenal de guerra deu início ao que se tornaria a Operação Omertà quatro meses depois. Assim, a apreensão feita pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros), com apoio do Batalhão de Choque, levou ao desmonte de um grupo ligado a execuções na Capital.
O armamento avaliado em cerca de R$ 200 mil estava sob posse do ex-guarda civil municipal Marcelo Rios — demitido por envolvimento no caso. Foram encontrados em posse do réu quatro carabinas 556, 11 pistolas nove milímetros, uma arma calibre 12, outra arma longa calibre .22, um revólver 357, quatro pistolas .40, um calibre 380, uma pistola calibre 22, além dos dois fuzis AK47. Também foram apreendidos silenciadores e carregadores.
A partir de investigação conjunta realizada pelo Garras e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), foi possível conectar as execuções de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Mendes e Matheus Coutinho da Silva Xavier, 20, morto por engano.
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