Família busca respostas após morte de trabalhador que caiu do telhado do Fort: ‘muito estranho’
“Está tudo muito estranho, eles limparam o local e nem esperaram a perícia”, diz o filho mais velho da vítima
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Sem acreditar no que aconteceu e sofrendo muito, a família de Fernando da Silva e Souza, de 56 anos, busca respostas para sua morte. “Está tudo muito estranho, eles limparam o local e nem esperaram a perícia”, diz o filho mais velho da vítima.
Ao saber da morte do marido, com quem viveu ao lado por mais de 30 anos, a Dona Leni, viúva de Fernando teria dito: “Minha família não merece isso, muito menos meu marido merecia aquilo e daquela maneira”, disse.
“Era uma pai, jogava bola, trabalhador, tinha uma família, três filhos, avô, bom funcionário, trabalhava na empresa a mais de 10 anos”, lembra o advogado da família Vinicius Pizetta.
Pizetta afirmou que a morte de Fernando foi uma tragédia que poderia ser evitada. “Tudo indica que ele não usava o EPIs (Equipamento de proteção individual)”, comentou.
O advogado falou que já solicitaram imagens das câmeras de segurança, para que o caso seja esclarecido o mais rápido possível. “A empresa só ajudou com o velório”, lamenta Pizetta que revelou que após o luto da família, sentará com todos para ver qual será o próximo passo.
Eles moravam de aluguel, ele era quem provia as necessidades da casa, a sua esposa é quem cuidava da casa, lembra Pizetta.
O caso
Na última segunda-feira (14), Fernando da Silva e Souza, de 56 anos, que trabalhava nos reparos do telhado da parte administrativa do Fort Atacadista, que pegou fogo incêndio na noite de sábado (12), caiu e acabou morrendo nessa quinta-feira (17). A polícia deverá ouvir mais testemunhas.
Caso foi registrado na 7ª Delegacia de Polícia Civil, segundo a delegada Marília de Brito, os fios da parte elétrica ficaram bastante comprometidos, então, não se sabe se a causa do incêndio seria um curto-circuito. Com isso, funcionários serão ouvidos.
Em relação à morte de Fernando, a delegada disse que a empresa e os funcionários poderão ser ouvidos para descobrir se o trabalhador estaria sem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).
Fernando permaneceu internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) em estado grave, com traumatismo cranioencefálico por três dias. Foi aberto protocolo de morte cerebral e Fernando faleceu na tarde de quinta (17).
Na noite de quarta-feira (16), a família procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol e registrou um boletim de ocorrência por preservação de direito. Segundo a família, Fernando prestava serviço para a empresa de fibra óptica quando sofreu queda de uma escada.
Ele foi encaminhado para a Santa Casa em estado gravíssimo. Os reparos eram feitos após um incêndio que atingiu o mercado no último fim de semana.
Em contato com o mercado, o Fort esclareceu que tem atuado junto a empresa terceirizada em que Fernando trabalhava. A nota ainda relata que o mercado se solidariza com a família e outros esclarecimentos serão repassados para as autoridades competentes.
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