Líder de nova facção “Comboio do Cão” é extraditado para o Brasil após ser preso na fronteira com MS

Chefe da facção criminosa estava há uma semana em Puero Quijarro, fronteira com Corumbá

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Foi entregue à polícia brasileira neste domingo (30) Leandro Matos Ferreira, de 33 anos, apontado como líder de uma nova facção criminosa, denominada “Comboio do Cão”, que atuava no Distrito Federal. Segundo a polícia boliviana, ele estava há uma semana na cidade de Puerto Quijarro, fronteira com Corumbá, em Mato Grosso do Sul.

Segundo o portal Diário Corumbaense, Leandro Matos foi capturado na última sexta-feira (28), pela Polícia Boliviana, e tinha os apelidos de “Baianinho” e “Cicatriz”. Ele estava morando em uma residência com outros três brasileiros e utilizava identidade falsa. A polícia investiga se o trio tem envolvimento com a facção.

No momento da prisão foram apreendidas duas armas de fogo, além de munições. Segundo o delegado de Corumbá, Alex Sandro Antônio Peixoto, o líder da nova facção pretendia instalá-la também na região de fronteira do Brasil com a Bolívia, incluindo Puerto Quijarro e Puero Suárez.

“Esse trabalho integrado entre as polícias dos dois países resultou na prisão do líder dessa facção, um agente muito perigoso em nossa região, que estava começando a se instalar. Ele estava até montando casa”, afirmou o delegado.

Após ser expulso da Bolívia, ele foi entregue sob um forte esquema policial montado na linha internacional entre os dois países. “Baianinho” deve ser transferido para Brasília-DF nesta segunda-feira (30). Ele teria assumido o controle da facção após a prisão de Wilian Peres Rodrigues, conhecido como “Wilinha”, também em Mato Grosso do Sul.

Prisão de Wilian

Há exato um mês, no dia 30 de abril, “Wilinha” foi preso na cidade de Paranhos, a 461 km de Campo Grande, durante uma ação conjunta entre o Setor de Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro) e policiais da Decor (DF). Ele estava foragido desde 2017, não reagiu à ação policial e tinha quatro mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça do Distrio Federal. 

A organização criminosa que os dois faziam parte é apontada pela polícia como responsável por diversos homicídios, tráfico de drogas e de armas, e lavagem de dinheiro. Na casa onde “Wilinha” foi preso os policiais encontraram uma pistola calibre 9 mm, com carregador estendido, e grande quantidade de munições.

O grupo criminoso é acusado de utilizar pistolas de grosso calibre, com acessórios que aumentam o poder de fogo, como seletor de rajadas e carregadores estendidos. Parte desse material foi apreendido, com membros da organização, em janeiro deste ano.

A investigação aponta ainda que Wilian passou por algumas cidades do Brasil até se estabelecer na fronteira entre Brasil e Paraguai. A suspeita é de que, de lá, ele enviava drogas e armas para o grupo, no Distrito Federal. 

Assista ao vídeo do momento da prisão de Wilian:

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